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Gastos suspeitos: Lutero Ponce diz que Deucimar é uma “bomba relógio”

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Os vereadores Lutero Ponce (PMDB) e Deucimar Silva (PP), ex e atual presidente da câmara de vereadores de Cuiabá, estão fazendo do legislativo municipal um verdadeiro “ringue”, com várias trocas de “jabs” (leia-se acusações). O peemedebista, alvo de uma auditoria feita a pedido do progressista, está sob nocaute, mas se agarra as cordas para se manter em pé, tentando revidar a todo custo. No último round entre os dois parlamentares, realizado hoje (18), Lutero soltou o verbo e fez inúmeras acusações a Deucimar. “Os vereadores não sabem o histórico de Deucimar. Vou mostrar a real situação dele. Ele está achando que é paladino, está montando um cenário, simulando situações. Mas a verdade é que Deucimar está despreparado, tem nas costas um crime de licitação na UFMT, tem mais de 25 processos nas costas, condenado por falsificação de documentos de funcionários de sua empresa, ele é uma bomba relógio prestes a explodir”, disparou o ex-presidente da Câmara.

Mesmo tentando se levantar, acusando Deucimar de fazer uma auditoria tendenciosa, frágil, Lutero não consegue força e nem argumentação para sustentar suas afirmações. E Deucimar se aproveita desse fator para dar ainda mais golpes e expor situações constrangedoras do colega vereador. “Ele só fala, não mostra documentos para comprovar as acusações que faz. Venci os processos na justiça, provei que não faço nada de errado, nunca desviei recursos dos cofres públicos. Lutero chorou para mim pedindo para eu não soltar a auditoria. Fez pressão, pediu para o conselheiro Humberto Bosaipo colocar medo em mim, mas não tenho medo de ninguém. Fiz a auditoria para mostrar transparência na Câmara e não para fazer acusações contra a pessoa de Lutero”, rebate o progressista.

Lutero está sob desgaste a mais de dois anos. Além da auditoria encabeçada por Deucimar, o ex-presidente ainda é réu no escândalo envolvendo a gestão da hoje deputada estadual, Chica Nunes, que é acusada de deixar um roubo de mais de R$ 6 milhões no legislativo cuiabano. Cansado no ringue, o peemedebista acaba vacilando e assume que existem graves falhas nas suas contas. “O meu erro não foi por dolo, mas sim administrativo. Sou de uma família tradicional de Cuiabá, que está sofrendo, estou passando por um momento difícil, mas sou um homem de mãos limpas, sem processos”, se defende.

Acuado, Lutero investe nos ataques para tentar mudar o foco da “batalha”, mas a realidade é que o momento não lhe favorece. Para o vereador, estão fazendo um julgamento leviano. “Quem tem que me julgar é a justiça. Em cinco meses como presidente ele não fez investimentos na Casa. Não pagou o salário dos servidores e ainda está pressionando os funcionários que exigem o Plano de Cargo, Carreira e Salários (PCCS), mas já trocou o carpete da sala dele. Deucimar está fazendo politicagem com a minha pessoa, quer fazer um trampolim político”, afirmou.

A cada declaração de Lutero, jornalistas corriam para questionar Deucimar, que rebatia com muita frieza. “A pilha de processos está aqui, quem tem que provar alguma coisa é o Lutero. Temos fotos das empresas fantasmas, tudo documentado. O pedido de cassação do peemedebista vai ser encaminhado ao plenário para ser apreciado pelos vereadores. Jogando na mesma moeda, esquivando-se, Deucimar revela: “Ele (Lutero) está falando de processos. Pois então, o Banco do Brasil está executando dois avalistas dele no valor de R$ 600 mil. Os avalistas são o senhor Nilo Ponce de Arruda e Sueli Ponce de Arruda, os bens já estão penhorados”, diz.

Entre escândalos, rombos, processos e auditorias, a Câmara de Cuiabá, mesmo sob o discurso de moralização do atual presidente, não tem cumprido o seu papel, que é cuidar dos interesses da população cuiabana, fiscalizar e ajudar o Executivo Municipal. Por enquanto, Lutero tenta ser salvo pelo gongo, mas ainda vai levar muitos golpes. No outro canto do ringue, corre o risco de ser o próximo alvo.

 

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