O presidente da Aprosoja Brasil, Antônio Galvan, disse ao Só Notícias que o áudio divulgado ontem, pela coluna Radar da revista Veja, no qual ele criticava a falta de adesão do setor produtivo de Mato Grosso à Marcha da Família Cristã pela Liberdade, programada par ser realizada no sábado (15) em Brasília como manifestação de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ajudou na divulgação e inflamou a classe que, segundo ele, “está vindo em peso”.
Galvan explicou que o movimento é da sociedade em geral e não do agro, que, economicamente vive um bom momento. A intenção é apoiar as decisões de Bolsonaro que se mostra contrário aos decretos de lockdown implantados em estados e municípios prejudicando, segundo o ruralista e o presidente, a economia nacional. Também contra ações do Supremo Tribunal Federal (STF).
“O objetivo é trazer o produtor e mostrar o que está acontecendo. É um movimento da sociedade e o agro está apoiando, não está organizando, até porque, economicamente, estamos num momento bom. Nós estamos apoiando porque fazemos parte da sociedade e as arbitrariedades são para todos, principalmente nas cidades onde estão feitos o lockdown, que foram implantados para prejudicar uma única pessoa que é o presidente da república, e na verdade prejudicou a sociedade de forma geral, o emprego, comércio, principalmente da vida noturna. Estamos chamando o produtor rural, porque somos do segmento, mas é um movimento generalizado”, justificou.
Galvan disse que a classe vai se deslocar para Brasília de ônibus fretado, carros e caminhonetes e negou que tenha avião fretado.
No áudio divulgado pela Veja, que foi enviado a um grupo de WhatsApp de produtores rurais, na semana passada, Galvan lamentou a falta de adesão do setor, dizendo que muitos cobravam liberdade quando estavam no celular, mas que poucos se disponibilizaram a marchar em favor de Bolsonaro nem de financiar o movimento.
“Eu vejo o produtor rural falar e falar no Whatsapp que tem que ir para Brasília, mas eu vou dizer uma coisa, vocês desanimam as lideranças a trabalharem por um setor igual ao nosso, a confirmação que tem de pessoas, de produtores aí da região de Sinop, chega a ser vergonhoso, acho que não dá direito ao produtor rural cobrar nada mais de qualquer outra liderança porque nós estamos aqui fazendo das tripas um coração para poder fazer um grande manifesto, para mostrar o descontentamento, que era tão cobrado por vocês”, desabafou.
“Com o saco de soja no preço que está, muitos não querem sequer dar um centavo e ajudar na despesa de todo mundo e nem participar lá também. Vocês não têm direito de cobrar nada da Aprosoja nem de qualquer entidade”, completou no áudio.