O Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu mais uma vez, esta manhã, o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD). O mandado foi cumprido na residência dele, no bairro Santa Rosa, na capital. A ação do Gaeco ainda está em andamento e faz parte de uma nova operação intitulada “Ventríloquo”.
O suplente de senador José Aparecido dos Santos, o "Cidinho", foi conduzido ao MPE para prestar esclarecimentos. Ele foi secretário estadual e é suplente do senador Blairo Maggi (PR).
Os membros do MPE também fizeram buscas na sede da Assembleia Legislativa. Eles saíram com vários documentos e dois computadores do local. O mandado de busca e apreensão na Casa de Leis teve como finalidade apreender documentos, objetos como agendas, cadernos, anotações, extratos, computadores ou qualquer elemento de convicção que tenha relação com os ilícitos investigados referentes ao ex-secretário de Finanças da Assembleia, Luiz Márcio Bastos Pommot.
Quinze pessoas estão sendo conduzidas coercitivamente (prestam depoimento e depois são liberadas) ao Gaeco para esclarecimentos. Todas estas ordem foram expedidas pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda.
A assessoria de imprensa do MPE informou apenas que esta nova operação foi deflagrada para desmantelar uma organização criminosa instalada na Assembleia Legislativa e que teria desviado milhões dos cofres públicos. As medidas até então em cumprimento são de mandados de prisão preventiva, buscas e apreensões e conduções coercitivas.
Não foram repassados nomes dos presos, apenas o de Riva, e nem dos que estão sendo conduzidos coercitivamente, além do suplente de senador. Informação ainda não confirmada pelo MPE aponta que Pommot também foi preso.
Riva estava em liberdade desde a semana passada, após ficar preso por mais de quatro meses no Centro de Custódia de Cuiabá. Após várias derrotas, a defesa dele conseguiu um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em fevereiro deste ano, ele foi preso pelo próprio Gaeco, que é um órgão do Ministério Público Estadual, durante a operação Imperador.
O MPE o acusa de comandar um esquema de desvios na Assembleia Legislativa que causou um rombo de R$ 62 milhões. Os desvios ocorriam em licitações para compras de materiais de escritório e gráfico.
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(Atualizada às 09h40)