PUBLICIDADE

GAECO denuncia e justiça expede novas prisões para Silval e Nadaf por compra de terra

PUBLICIDADE

O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-secretário de Estado de Indústria e Comércio e da Casa Civil, Pedro Nadaf, também são investigados na operação “Seven” deflagrada, hoje, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO). Os mandados de prisão contra ambos foram cumpridos, no fórum da capital, após audiência que participam, esta tarde, relativa a operação Sodoma (pagamento de propina em troca da concessão de incentivos fiscais para empresas. Os dois já estão presos desde setembro do ano passado.

No entanto, isso não impede o cumprimento de mais um novo mandado de prisão. O GAECO denunciou que Silval e Pedro Nadaf autorizaram a compra de uma área, próxima a Cuiabá, para ser anexada a um parque, por R$ 7 milhões, sendo paga em duas vezes, no final de 2014.. Os promotores alegam que a área já pertencia ao governo de Mato Grosso.

A investigação começiu há cinco meses e o esquema iniciou com pedido simplório de uma lauda, solicitando que o Estado realizasse a aquisição de uma área de terra rural para ser acrescida ao Parque Estadual Águas do Cuiabá.

O processo tramitou por vários órgãos públicos estaduais (SEMA, antiga SAD, Casa Civil e Intermat) onde passou pela análise “técnica” de vários agentes públicos para que, ao final, fosse realizado o indevido pagamento dessa área. Entretanto, restou provado que essa área já pertencia ao Estado, ou seja, a mesma área foi paga duas vezes.

Esta área, localizada na região do Manso, em Chapada dos Guimarães, pertencia ao médico e ex-secretário de Estado, Filinto Corrêa da Costa, 73 anos. Ao MidiaNews, o advogado João Celestino Correa da Costa, filho de Filinto, disse que aproximadamente mil hectares de uma fazenda, da família, foi vendida ao Estado de Mato Grosso, em 2014, na gestão do ex-governador.

O valor referente à venda da área foi pago em duas parcelas, no valor de R$ 3,5 milhões cada, em novembro e dezembro de 2014. "O ex-governador Dante de Oliveira desapropriou parte da área, cerca de oito mil hectares, em 2002, para formar o Parque Estadual da Cabeceira do Rio Cuiabá. O meu pai tem essa área desde 1974, justamente onde nasce o rio Cuiabá", disse o advogado.

Segundo ele, o ex-governador Blairo Maggi (PR) também tinha interesse em adquirir mais uma parte da área para ampliar o parque. "Mas meu pai não vendeu por causa do preço oferecido. No segundo semestre de 2014, o Estado fez uma proposta e ele vendeu esses mil hectares".

Segundo João Celestino, a operação de venda da área seguiu os trâmites legais. "O dinheiro foi depositado na conta do meu pai. Foi tudo transparente. Também queremos saber se há problemas e o que está sendo investigado. Não sabemos se há algum questionamento sobre o valor, ou se alguém tirou vantagem do negócio. O que posso dizer, nesse momento, é que estamos tranquilos e prontos para colaborar com os esclarecimentos".

Nesta nova operação, o GAECO prendeu o ex-presidente do Instituto de Terras do Estado de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto (foto), e o ex-secretário adjunto da antiga Secretaria de Estado de Administração (SAD) e coronel da Polícia Militar, José de Jesus Nunes Cordeiro. Ainda estão sendo cumpridos outros mandados de prisão, conduções coercitivas e buscas e apreensões.

Dalberto comandou o Intermat nas gestões Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB).

(Atualizada às 22h01)

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE