O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu, esta manhã, mandados de busca e apreensão na residência do engenheiro eletricista Edézio Ferreira da Silva. Ele é suspeito de envolvimento no esquema de fraudes na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) desvendada pela operação Rêmora.
Na ocasião, também foi cumprida uma condução coercitiva pelos agentes para Edézio Ferreira da Silva prestar depoimento aos promotores de Justiça e assim esclarecer acusações feitas pelo empresário Giovani Guizardi, dono da Dínamo Construtora, que firmou termo de colaboração premiada se comprometendo a auxiliar a Justiça com a revelação de detalhes do esquema criminoso.
De acordo com o depoimento de Guizardi, o engenheiro eletricista tinha a missão de efetuar depósitos de propinas em contas indicadas pelos membros da organização criminosa. Ainda seria de sua responsabilidade monitorar as empreiteiras que recebiam pagamentos da Secretaria de Educação com o intuito de cobrar a quantia de 5% de devolução do valor recebido.
Dos depósitos financeiros feitos por Edézio, quatro deles beneficiaram uma rádio em Sinop que teria ligações com o deputado federal Nilson Leitão (PSDB). A quantia correspondeu a R$ 10 mil dividida em quatro depósitos de R$ 2,5 mil. Ainda coube ao engenheiro eletricista locar em nome de sua empresa uma sala comercial no Edifício Avant Garden.
A terceira fase da operação Rêmora, batizada de “Grão Vizir”, foi deflagrada, ontem, e culminou na prisão preventiva do empresário Alan Malouf.