O futuro partidário da ex-senadora Serys Slhessarenko (PT) será definido no domingo (29). Neste dia, está marcado a reunião do diretório estadual que irá colocar em votação o relatório da Comissão de Ética, que opina pela expulsão dos quadros do partido a ex-parlamentar. Serys afirmou que não espera um julgamento justo, mas se realmente for expulsa vai recorrer junto ao diretório nacional contra a medida. “Estou no PT e só saio do partido se for na marra”, declarou em entrevista a rádio CBN Cuiabá.
O presidente regional do partido, deputado federal Ságuas Moraes, já afirmou que está trabalhando para que a punição a ex-parlamentar não seja tão dura como a expulsão. Na verdade, o intuito do presidente é amenizar a crise imposta devido a este procedimento, que acabou causando um grande racha interno entre os grupos do ex-deputado federal e ex-presidente do partido no Estado, Carlos Abicalil, e Serys. Além dela, outros militantes considerados fortes na sigla também são alvos da comissão como o vereador Lúdio Cabral e a ex-deputada estadual Vera Araújo.
O diretório é composto de 47 membros, a maioria apoiadores de Abicalil. Toda a briga no PT iniciou antes da eleição do ano passado. Nas prévias, Abicalil derrotou Serys e acabou se sagrando candidato ao Senado Federal em detrimento da opção de reeleição da ex-senadora. Devido a isso, ela deixou de apoiar o colega de partido e isso causou a ira deste. Com isso, ela ficou “taxada” de infiel. Abicalil concorreu ao Senado e Serys acabou saindo para deputada federal. Ambos saíram derrotados da eleição.