O que foi rejeitado com veemência, logo depois dos resultados das eleições de 2010, quando o PT quebrou a escrita e elegeu o sucessor na Presidência da República, que era uma possível fusão do PSDB e do DEM, hoje se tornou primordial e essencial para a sobrevivência das oposições no país, tanto que o grupo deverá receber ainda outra sigla, o PPS, para consolidar e fortalecer as oposições de uma maneira geral.
A crise é tamanha que alguns já admitem inclusive a dissolução dos partidos para criação de uma nova frente partidária que combata o atual modelo de gestão que vem obtendo reconhecimentos políticos e eleitorais, mas que não é unanimidade já que as oposições fizeram mais de 40% dos votos nas eleições em que acabou consagrada a presidente da República, Dilma Rouseff, e o PT.
O governador de São Paulo e um dos expoentes do PSDB Nacional já declarou ser favorável à fusão e formação de uma nova frente partidária que dê respaldo e promova as alterações que a sociedade hoje exige dos partidos políticos.
Já em termos de Mato Grosso, o líder da oposição no Congresso Nacional, senador Jaime Campos, reconhece que os partidos estão perdendo espaço com a criação do PSD por uma dissidência do DEM e que está sendo articulada dentro do Palácio do Planalto para enfraquecer ainda mais a oposição. "Temos que discutir o assunto e promover mudanças. O eleitor é inteligente e opta pela melhor e mais confiável proposta, então se fomos rejeitados temos que melhorar nosso discurso e provar que podemos fazer melhor em relação aos atuais ocupantes do Poder", explicou o líder das oposições.
O deputado estadual Guilherme Maluf, único tucano eleito em Mato Grosso em 2010, também defende reformulações e mudanças e acredita não apenas na fusão de um novo partido, mas numa nova maneira de se fazer política, defendendo inclusive que a oposição ouça outros partidos que também são descontentes para se ter uma oposição consistente e realista.