Servidores da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), voltam a discutir o indicativo de greve aprovado por causa das demissões de funcionários que participaram de protestos contra a concessão dos serviços da entidade à iniciativa privada. A expectativa é que a maioria aprove a retomada normal aos trabalhos diante da decisão da prefeitura em recuar com as retaliações.
O indicativo de greve foi aprovado no dia 4, quando A Gazeta revelou que 9 servidores foram demitidos e outros 7 perderam cargos de chefia porque foram filmados em manifestações na Câmara de Vereadores. O presidente da Sanecap, Aray Fonseca, recuou na semana passada atendendo determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT), que poderia acioná-lo por demissão discriminatória.
Presidido por Ideueno Fernandes, o Sindicato já vinha trabalhando praticamente dentro da normalidade com a reintegração dos servidores. Com o atendimento das reivindicações, a maioria também já desistiu de exigir do prefeito Chico Galindo (PTB) a demissão do presidente da Sanecap, o que já havia sido descartado publicamente pelo petebista em entrevista ao jornal A Gazeta.
Ao mesmo tempo em que os servidores suspendem a paralisação, o prefeito leva adiante essa semana proposta para conceder os serviços à iniciativa privada. Ele manterá encontros com várias entidades até sexta-feira (19) na expectativa de apresentar o modelo de edital de licitação que deverá levar à escolha da concessionária.
Um encontro com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MT) ocorrerá na quinta-feira (18) para tentar avançar nesse sentido. Outro encontro ocorrerá com representantes do Programa de Fiscalização do PAC, coordenado pelo promotor de Justiça Gilberto Gomes.