Com previsão de conclusão das obras do Hospital São Benedito de Cuiabá para o próximo mês, o prefeito Mauro Mendes (PSB) afirma que a unidade só poderá entrar em funcionamento quando o governo federal cumprir sua parte no acordo firmado em 2013. “Acredito que a obra fica pronta para março, pelo menos foi o que a gente viu nos últimos dias. Não está tudo pronto ainda, mas estamos finalizando a compra dos equipamentos, agora, o hospital só vai funcionar, e eu disse isso desde o primeiro dia, se o governo federal pactuar conosco o custeio”, ressaltou.
De acordo com ele, quando o projeto para a realização da obra foi aprovado no Ministério da Saúde, além de liberar os recursos para a compra dos equipamentos, o combinado era que, faltando um ou dois meses para a inauguração, seria pactuado o convênio para custeio da unidade. “Deixo claro porque vejo o governo federal agora com muitas dificuldades financeiras e isso foi compromisso assumido com secretário executivo, com o ministro à época, na presença do senador Blairo Maggi (PR), do governador da época, de muitas testemunhas”, ressalta.
Segundo o prefeito, sem a garantia de custeio por parte do governo federal, será impossível colocar o hospital em funcionamento, já que a estimativa de manutenção da unidade é de cerca de R$ 6 milhões mensais. “Sempre frisei isso porque eu sei que Cuiabá também não tem a menor condição de assumir uma despesa nova na Saúde desse porte”, disse.
Mendes ressalta que caberia à prefeitura realizar a reforma para adequar as instalações do antigo Hospital das Clínicas para uma unidade de média e alta complexidade e que o governo federal entraria com a parte do custeio junto com o Executivo Estadual e contrapartida do município.
Até que o convênio para custeio da unidade seja pactuado, a prefeitura deverá continuar arcando com as despesas de aluguel da unidade, que são de aproximadamente R$ 135 mil mensais. “Não tem jeito, não posso devolver o hospital para o dono enquanto isso. Tivemos que fazer uma série de modificações para ser um hospital de alta complexidade, adaptar às novas normas da Anvisa, construir novas UTIs, fizemos tudo isso porque era uma necessidade específica para o projeto que apresentamos ao Ministério e eles aprovaram”.