O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Romoaldo Júnior (PMDB), avaliou como positiva a criação da Frente Parlamentar Municipalista, em defesa das questões regionalizadas em Mato Grosso. "Sou favorável porque já fui prefeito e senti na pele as dificuldades que os atuais prefeitos vivem hoje", afirmou Romoaldo. O projeto é de autoria do deputado Ezequiel Fonseca (PP), que cobra agilidade no processo de viabilização de ações e recursos do Estado para reduzir as desigualdades sociais em Mato Grosso.
"Trata-se de uma forma racional de diminuir distâncias entre os poderes municipal e estadual, no sentido de melhorar a qualidade de vida da população", argumentou Ezequiel Fonseca. O parlamentar observa que a distribuição das receitas constitucionais ainda está concentrada sem atender as necessidades da população mato-grossense. Além disso, o deputado admitiu a inversão das responsabilidades dos poderes federal e estadual, que não cumprem suas funções de forma adequada. "As prefeituras brasileiras estão esfaceladas em relação aos repasses constitucionais que já não atendem às demandas municipais e por outro lado existe a inversão dos valores dos poderes constituídos", disse Romoaldo.
Wagner Ramos (PR) acredita na atuação parlamentar em bloco, mas ressalta sua preocupação com a distância do governo estadual em algumas regiões do estado. "O governo poderia estar mais presente em algumas regiões, principalmente na área da saúde", destacou Ramos.
Nilson Santos (PMDB) concordou que o setor de saúde é um dos maiores desafios da administração pública. "Tem lugares que a saúde funciona de acordo com a realidade local, mas é necessário ampliar esse atendimento para todo o estado", avaliou Nilson Santos, ao comentar sobre a precariedade no norte de Mato Grosso. "Hoje essa responsabilidade recai sobre os municípios", afirmou o deputado.
Walter Rabello (PP) disse que a Frente Parlamentar Municipalista é o reflexo da administração estadual em diversos setores dos serviços públicos. "Se o governo tivesse atendendo as demandas municipais, não seria necessário criar nenhum movimento em defesa da população. Tem alguma coisa errada e isso está refletindo aqui dentro da Assembleia", observou Rabello.
Deputado da região sul, Ondanir Bortolini -Nininho (PR), que também foi prefeito por três mandatos em Itiquira, reforçou apoio ao movimento municipalista por entender, que o mecanismo pode ser alternativa para viabilizar recursos aos municípios mais distantes da capital. "A população não sabe o quanto as prefeitura pagam de encargos sociais e o dinheiro que chega não é suficiente", argumentou o deputado. Ele acredita que a Frente Parlamentar Municipalista via contribuir para respaldar as prefeituras na busca de melhorias para a população.