Ex-secretário Extraordinário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes, o vereador Francisco Vuolo (PR), deverá assumir o comando da Secretaria de Estado de Cultura. A definição da estratégia para acomodar Vuolo surgiu após decisão da legenda de manter Arnaldo Alves na Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana, um dos postos cobiçados pelo vereador.
Vuolo abriu mão da Secretaria de Estado para encabeçar chapa majoritária pelo PR nas eleições municipais. As movimentações internas deliberaram pela composição com Mauro Mendes, com preferência pelo nome do então secretário de Estado de Cultura, João Malheiros, depois de acirrada disputa com Vuolo.
Por ser considerado um dos nomes de destaque na sigla, o ex-secretário conta com respaldo de líderes da cúpula republicana para voltar ao primeiro escalão governamental. Foi aventada a possibilidade de ele retornar para o antigo setor, mas barreiras do Palácio Paiaguás impediram mudanças após remanejamento de Edmilson José dos Santos da Secretaria de Estado de Fazenda para a Secretaria Extraordinária de Acompanhamento da Logística Intermodal.
O setor, vinculado à Casa Civil, faz parte da lista de pastas da máquina pública que passa pela reestruturação, como publicado no Diário Oficial no dia 20 deste mês. São permitidas adequações, autorizadas pelo governador Silval Barbosa (PMDB), com novos desenhos sobre o quadro de pessoal, mas sem permissão para adição de despesas.
No PR, o assunto “Vuolo” é tratado oficialmente com zelo, em normativa determinada pelo presidente estadual, Wellington Fagundes. É o recado do dirigente partidário para encerrar com disputas internas e discursos acalorados, que podem comprometer o bom andamento do projeto político. Todos os trabalhos remetem para a disputa ao governo tendo o senador Blairo Maggi (PR) na liderança de chapa majoritária.
O PR também vem delineando uma ação maior, no cenário dos aliados do governo que deverão ser contemplados com revisão das “cotas”. Quando o assunto é primeiro escalão, o secretário-geral do PR, deputado Emanuel Pinheiro, se mantém na linha tênue. Disse apenas que Edmilson conta com simpatia do partido. Em relação a Vuolo, só admitiu que o vereador “deverá ocupar um bom posto”. Vuolo também é ex-secretário municipal de Cultura, o que reforça a indicação.