O PR está desmantelado, sem rumo e podendo se desintegrar em Mato Grosso. O sinal vermelho foi acesso com a decisão do deputado estadual Roberto França em deixar a sigla junto com sua esposa Iraci França e sua militância.
Na manhã desta terça-feira, logo após a confirmação de que estava deixando o PR, o próprio deputado estadual Roberto França em entrevista exclusiva para o site 24 Horas News disse que estava deixando o partido porque não ve futuro na sigla e por estar enfrentando conflitos na comissão provisória que quer empurrar goela abaixo nomes que não são de consenso para disputar a eleição em 2008.
“Cada qual procura seu caminho. Eu e minha esposa (Iraci França) estamos procurando o nosso, que não é mais o PR. Uns vão voltar para o PPS, outros vão para o DEM. Eu, particularmente, ainda não decide para qual partido irei. Temos várias propostas e vamos estudar todas elas junto com a minha militância”.
Perguntado se era verdade que o motivo que o levou a deixar o PR seria uma desavença com o deputado Sérgio Ricardo, presidente da Assembléia Legislativa, Roberto França disse que se alguém falou isso disse uma mentira deslavada. “Não tenho nada contra o Sérgio Ricardo. Quando ele se filiou ao PPS o fez a meu convite. Além disso foi meu candidato à Prefeitura de Cuiabá. Portanto, a minha amizade com o Sérgio é grande. Não vou aceitar que falem uma mentira destas”, disse demonstrando muita irritação.
Afirmando que não tem medo de ser cassado por ter deixado o PPS para ingressar no PR e agora estar deixando o partido, França disse ainda que não tem nenhum problema com o governador Blairo Maggi. “Não estou deixando o PR por causa do governador. Nem poderia fazer isso. Ele é meu amigo. Eu trabalhei para sua eleição duas vezes e nutro por ele um grande respeito. Vou continuar fiel ao governador”, disse, garantindo que vai continuar a fazer política de grupo.
E é exatamente por querer fazer política de grupo que França se viu na obrigação de deixar o PR. Segundo ele, membros do PR estariam querendo obrigar os deputados estaduais e lideranças natas a aceitar os nomes que eles queriam para disputar a prefeitura de Cuiabál. “Tenho história como político. Já fiz muito por Cuiabá e Mato Grosso e não posso aceitar que me obriguem a engolir quem não vejo com capacidade para exercer cargos de liderança dentro do partido”, explicou, revelando não ter compromissos com ninguém e que a partir de agora estará se vendo livre para escolher o melhor caminho. “É uma atitude coerente da minha parte. Quero ficar livre para apoiar quem eu achar melhor para as eleições de 2008 e 2010. É um direito de que tenho” , concluiu.