Presidentes de federações de indústria dos oito estados, além de Mato Grosso, estarão reunidos hoje em Brasília, com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, tendo como pauta os problemas que o setor de base florestal está enfrentando. A reunião está sendo coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo o presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Nereu Luiz Pasini, durante a reunião, os empresários entregarão à ministra documento analisando todos os entraves da crise que afeta o setor produtivo. “Há muito tempo estamos alertando as autoridades políticas sobre a possível crise no setor. Não podemos mais esperar. A produção está parada e o desemprego só está aumentando”.
Em Mato Grosso, segundo dados da Fiemt, o principal entrave do setor está na liberação de matéria-prima para a produção. Os empresários estão conseguindo a ATPF (Autorização de Transporte de produtos Florestais) de liberação de saída de mercadoria, mas não de entrada de matéria-prima. “Os projetos de manejo não estão sendo vistoriados e nem aprovados”, explica. Atualmente, cerca de 30% das empresas madeireiras estão paralisadas. E a previsão é que até o final do ano esse número suba para 70%.
Os reflexos negativos estão sendo sentidos nos números de trabalhadores desempregados e na balança comercial do Estado. “Os dados acumulados até julho apresentam redução de mais de 3.500 postos de trabalho no setor madeireiro, e isso tende a piorar até o final do ano, podendo atingir números alarmantes”. Para o presidente da Fiemt, precisa-se encontrar uma solução emergencial para a situação. “Nós sabemos que as atribuições do Ibama serão passadas para a Sema, mas o problema é esse período de transição que vai até o final do ano”, finaliza.