A nomeação do ex-secretário nacional de Política Agrícola, Neri Geller (PMDB) como ministro da Agricultura, abre os caminhos para o diretório estadual do partido dar início ao processo de fortalecimento de sua chapa proporcional e deixa clara uma das linhas de atuação da sigla, o foco no agronegócio.
Em clima de comemoração após a confirmação de Geller à frente do Ministério da Agricul- tura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o presidente do diretó- rio estadual do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, explica que o processo para a nomeação teve início ainda no ano passado.
O ministro, que decidiu permanecer no PP após a criação do PSD, em 2011, acabou migrando para o PMDB dois anos depois, quando já respon- dia pela secretaria. “Quando o convidamos para se filiar ao nosso partido, dissemos que ele seria ministro ou deputado federal”, explicou Bezerra.
Isso porque a indicação para o Mapa partiria da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados e, apesar do racha com o PT evidenciado nos últimos dias, a presidente Dilma Rousseff (PT) confirmou o convite, permitindo que o partido cumprisse seu propósito em Mato Grosso.
Para manter o foco no agronegócio, o PMDB busca um nome ligado ao setor para representá-lo na Câmara. Com Geller no Mapa, o partido apostará em outro nome de Lucas do Rio Verde como candidato a deputado federal, o empresário Rogério Ferrarin (PMDB).
Apesar de nunca ter ocupado um cargo político, Ferrarin disputou de maneira acirrada a prefeitura contra seu primo Otaviano Pivetta (PDT). Além do apoio do agronegócio, a aposta do PMDB é minar a área da atuação do pedetista, que é um dos interlocutores da pré- candidatura do senador Pedro Taques (PDT) ao Governo.