O líder da bancada do PMDB e favorito para presidir a Câmara dos Deputados, deputado federal Henrique Eduardo Alves (RN), afirmou que caso consiga chegar ao comando da Casa de Leis não deve cumprir a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou a cassação automática dos mandatos dos condenados no julgamento do mensalão. Entre os condenados que estão exercendo mandatos estão o mato-grossense Pedro Henry (PP), João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e agora, José Genoino (PT-SP), empossado ontem.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o parlamentar federal disse que não abrirá mão da prerrogativa de dar a palavra final sobre este assunto. Desta forma, os condenados pelo mensalão teriam que passar por um processo na Casa e depois haveria uma votação secreta. Um parlamentar só pode ser cassado com os votos de pelo menos 257 dos 513 deputados
De acordo com a reportagem, para ele a Constituição Federal é clara e cada Poder constituído deve ficar “no seu pedaço”. “Na hora em que um Poder se fragiliza ou se diminui, não é bom para a democracia”.
Conforme Só Notícias já informou, Pedro Henry e os demais parlamentares foram condenados acusados de receberem dinheiro durante o primeiro mandato do governo Lula para apoiar o então presidente.