O governador em exercício de Mato Grosso, Carlos Fávaro (PSD), decidiu não ir a Brasília participar de encontro com outros chefes de Executivo para tratar de uma ‘agenda econômica’ comum dos Estados, ontem. A recusa se deve ao fato dele repudiar qualquer tentativa de se criar uma situação, como o caos na Saúde Pública, para a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), desejo da União, que acena com repasse de parte dos valores obtidos com o novo imposto para Estados e municípios.
Para ele, o encontro proposto pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), que contou com a presença de governadores que apoiam a presidente Dilma Rousseff (PT) e também de oposição, tenta criar um sensacionalismo com a Saúde e é uma forma de sensibilizar deputados e senadores quanto à necessidade da implantação do imposto, com alíquota de 0,38%, sendo 0,2% para cobrir parte do déficit das contas da União e o restante dividido entre governadores e prefeitos.
O teor da reunião entre os governadores não foi revelado. Na saída do encontro, Rollemberg se limitou a dizer que os governadores fecharam uma lista com sete pontos, apresentada ao novo Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. O assunto mais urgente para muitos dos governadores é a imediata implantação do novo indexador das dívidas com a União, que daria um fôlego maior às contas dos Estados e municípios.