Independente do resultado das eleições de outubro, Carlos Fávaro não deve retornar à presidência da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso, que deixou ontem, para se dedicar ao pleito. Cotado para assumir o posto de vice-governador na chapa ao governo encabeçada pelo senador Pedro Taques (PDT), argumentou que ter tomado posicionamento político pode interferir nas ações da entidade, liderada agora por Ricardo Tomczyk.
“A questão de ser candidato, vice, está na chapa, é outra condicionante. Me licenciei da Aprosoja, mas quero deixar claro que não é uma licença. A partir do momento que tomo posição política, não fico no meio termo. Vou estar ao lado do Pedro […] independente de ser candidato ao lado dele. Isso pode refletir nas atividades da entidade, me licenciei, mas isso é definitivo, me considero ex-presidente da Aprosoja, cumpri minha missão”, disse em entrevista a uma rádio de Lucas do Rio Verde.
Apesar de ser cotado vice e falar na possibilidade, Fávaro não confirmou se disputa a vaga. “Na realidade estamos tratando sem nenhuma obrigariedade. Não queremos condicionar nada ao Pedro Taques. O que queremos é a oportunidade de fazer um Mato Grosso diferente, modern, justo, transparente, com bom controle. Certamente, a riqueza e oportunidades vão aparecer”.
Ao falar da saída de Rui Prado da presidência da Federação Mato-grossense de Agricultura (Famato) para o pleito, Fávaro declarou que não devem se enfrentar diretamente. “Isso está muito claro. Estive com Rui quando tomou decisão de licenciar. Está muito claro de não termos concorrência direta. O Rui tem objetivo maior, que é trabalhar a candidatura dele a CNA (Confederação Nacional da Agricultura), acha que se licenciando da Famato pode fazer articulações maiores e estar a disposição do pleito, mas sempre em uma situação de não confrontar com outras entidades ligadas ao agronegócio”.
As articulações de Fávaro junto a Taques devem se desdobrar nos próximos dias.