Em visita ao município de Peixoto de Azevedo, ontem, o vice-governador Carlos Fávaro falou sobre os investimentos em logística, da situação financeira nacional e sobre o pagamento do Reajuste Geral Anual do funcionalismo público. “Pegamos o Estado em um momento muito difícil. Vivemos grandes dificuldades financeiras. Mas o Estado é forte, é rápido na retomada do seu crescimento. Ainda no primeiro ano, nós conseguimos tocar muitas obras e muitos compromissos foram saudados. Nós conseguimos fazer mais de 590 km de rodovias e reconstruir estradas e pontes”.
Fávaro apontou ainda os investimentos na região, realizado em parceria com os municípios, como a reconstrução das rodovias que ligam Sinop ao município de Cláudia, Santa Carmem, Vera e Feliz Natal. Ele adiantou também que em Peixoto de Azevedo será realizada licitação com empreiteiras para obras em todas as regiões. "Faço um compromisso para a recuperação da capa asfáltica de Guarantã do Norte. O governador deve vir aqui anunciar nos próximos dias o recurso para as obras, que se estenderão até o distrito de União do Norte”.
Outra ação desenvolvida pelo Estado é a liberação pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) de diversas licenças de instalação e de operação dos garimpos de Peixoto de Azevedo. Para ele, a medida beneficia os cidadãos que necessitam de amparo do Estado e que a atividade é decisiva para a economia local.
O vice-governador disse uma iniciativa do órgão ambiental possibilitou a famílias de um assentamento em Feliz Natal ter, por meio em uma cooperativa, o manejo florestal legalizado, com direito a vender madeira, produzir renda e sustentar suas famílias.
“Eu sei o quanto é difícil começar a vida numa pequena propriedade, ou num assentamento. Nas regiões de madeira, a única alternativa é o desmando do governo federal, que possibilita no máximo um Pronaf. A única alternativa restante é a extração ilegal e venda de madeira para poder sobreviver”.
Questionado por servidores estaduais presentes, Fávaro esclareceu à categoria as possibilidades proposta pelo Governo para o pagamento dos 11,28% de revisão salarial.
“Em hipótese alguma gostaríamos de deixar de pagar o RGA aos servidores. Não é maldade com os servidores. Pelo contrario, os servidores são muito importantes. No ano passado, com razoável dificuldade nós pagamos o RGA em duas parcelas. Nós tínhamos uma previsão orçamentária na faixa de 5,5%, colocamos uma previsão orçamentária de 6% na LDO, e esse percentual foi apresentado aos servidores”.
Ele afirma ainda que entende que o índice não é o ideal, mas que o Estado está cumprindo à risca as leis de carreiras. Os professores receberam os 7% de reajuste em maio, os policiais civis receberam 10%, citou o vice-governador, reafirmando a necessidade de enquadramento dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) – o que tem impedido o governo de pagar a reposição.
“Não estamos fechados a negociar. Trazendo a LRF abaixo dos 49%, que é a determinação legal, com o aumento da arrecadação, e com os repasses federais, como o FEX 2016, em que o governo federal deve mais de um bilhão de reais à Mato Grosso, podemos rediscutir isso”.
A respeito do movimento de greve, ele afirma a legitimidade da manifestação e citou o movimento Grito do Ipiranga, organizado pelo setor do agronegócio diante da crise econômica de 2006.“Naquele movimento eu decidi que não seria mais um cidadão que colocaria a culpa das minhas frustações no governo, e que lutaria para conseguir dias melhores. No entanto, naquele momento, conseguimos muito pouca coisa, mas a partir do momento que estávamos sempre abertos ao diálogo, conseguimos políticas públicas para o agronegócio”.