O presidente do PSD em Mato Grosso e 3º colocado nas eleições do ano passado para senador, Carlos Fávaro, elogiou, há pouco, a decisão do Tribunal Regional Eleitoral que, ontem, cassou, por unanimidade, o diploma eleitoral da senadora Selma Arruda, seus dois suplentes e decidiu fazer nova eleição para senador. “A justiça foi célere, justa e sem corporativismo”. O desembargador relator, Pedro “Sakamoto fez voto brilhante que levou os outros 6 magistrados a acompanharem seu voto”, analisou. O PSD ajuizou uma das ações contra Selma e que foi julgada pelo pleno, resultado na cassação por caixa 2 e abuso de poder econômico dela na campanha. Selma vai recorrer ao TSE e fica exercendo o mandato.
“Fiquei feliz com a decisão com a justiça, com a cassação quanto aos ilícitos da eleição de 2018, que a eleição foi desigualitária, desproporcional e como eles disseram, a senadora cassada queimou a largada”, declarou, em entrevista coletiva, na capital. Fávaro considera que a decisão “corrigiu, em parte, os problemas da eleição passada. Quando ela comete o ilícito, gasta de força excessiva, pratica caixa 2, eu e outros 9 que concorreram com ela também gastamos dinheiro, de forma honesta, dinheiro público inclusive, do fundo partidário, que foi investido na campanha mas que não serviu para eleger porque tinha uma concorrente de forma desleal. Isso não será mais reparado. Quem vai indenizar esses candidatos ? Quem vai financiar se tiver novas eleições ?”. “Podemos gastar R$ 20 milhões só pelo TRE para fazer novas eleições, mais R$ 3 milhões para cada candidato que tem direito a gastar ?”, apontou.
Quanto ao fato de 6 magistrados votarem contra o posicionamento do relator Pedro Sakamoto para que Fávaro, assumisse no lugar de Selma até ser feita nova eleição, ele disse que “aceita com tranquilidade. Não estou aqui para assumir a vaga no Senado pela via judicial e fazer revanchismo. Nenhum Estado pode ficar sem senador. O importante é que o ilícito foi corrigido.
Carlos Fávaro afirmou que, se ocorrer nova eleição, será candidato. “Por óbvio, em respeito ao posicionamento da justiça, que não teve corporativismo, eu sou candidato. Em respeito aos 434 mil votos eu tenho que ser candidato. E em respeito até aos eleitores da senadora cassada que confiaram que ela estava fazendo algo certo, lícito e estava cumprindo as regras e se decepcionaram, tenho que dar oportunidade de votarem em mim ou escolherem outro”, declarou.
Ex-vice-governador na gestão de Pedro Taques e ex-secretário de Meio Ambiente, Fávaro chefia o Escritório do Governo de Mato Grosso em Brasília.