O combate à corrupção e a impunidade foi tema da audiência pública realizada, hoje, pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal. A audiência é resultado da sessão plenária, promovida no dia 15, em que um grupo suprapartidário de senadores declarou apoio às iniciativas da presidente Dilma Rousseff para enfrentar a corrupção.
Para o senador Pedro Taques (PDT) falta vontade política do Senado e da Câmara para aprovar propostas de combate a corrupção que já tramitam no Congresso. Segundo ele, a rapidez na aprovação das matérias são proporcionais ao interesse do governo em aprová-las. "Exemplo disso foi a MP do Trem Bala aprovada em apenas 100 dias", disse.
O mato-grossense lembrou que tramitam no Congresso vários projetos para coibir a corrupção e a impunidade, mas "algo" impede a celeridade nas aprovações. "O Senado Federal precisa cumprir sua função de elaborar leis e fiscalizar o poder Executivo", defendeu o senador. Em seguida Pedro Taques destacou que o Congresso deve discutir as causas da corrupção, como por exemplo as emendas parlamentares individuais, os cargos comissionados e o aparelhamento do governo por partido políticos.
"Partido político não é SINE. Nós estamos privatizando a República", afirmou ao defender um pacto pelo combate à corrupção que também trate de mudanças legislativas para o país.