Rumores de dentro da Assembleia Legislativa apontam que o deputado e secretário de Desenvolvimento Rural, José Domingos Fraga (DEM), do governo Silval Barbosa (PMDB) estaria próximo de reassumir seu mandato, desconfortável pela pouca mobilidade e condição de realizar um trabalho mais eficientes na pasta. Domingos passou a integrar o staff governamental depois de uma série de entendimentos, já que o DEM nas eleições de 2010 estava na oposição.
“Sinto que meu trabalho é importante e tem tido repercussão positiva, principalmente no que diz respeito à agricultura familiar, mas não posso deixar de admitir que tenho preocupação com a falta de recursos para se realizar um trabalho mais amplo e que atinja mais famílias”, frisou o secretário, que estava em viagem no interior de Mato Grosso.
A presença de Zé Domingos no governo do Estado sempre foi alvo de críticas por parte de alguns membros da cúpula democrática, mas o partido que costuma ensaiar oposição na Assembleia Legislativa quase nunca consegue e tem se posicionado de forma menos radical do que muitos situacionistas.
“Estou contente e ainda não conversei nada com o governador Silval Barbosa, então acho prematuro falar em sair, pelo menos por enquanto”, frisou Zé Domingos Fraga, que admite tanto a possibilidade de permanecer no cargo como de voltar à Assembleia Legislativa, garantindo que se voltar continuará trabalhando por Mato Grosso e em apoio à administração Silval Barbosa.
O que mais dificulta a tomada de posição do secretário é o primeiro suplente do partido, Gilmar Fabris, que tem uma atuação independente, mesmo estando mais próximo do governo do Estado. Fora isso, o cargo de secretário da Sedraf é cobiçado pelos maiores partidos, o PMDB do próprio governador e o PT, partido da presidente da República e que tem uma de suas principais bandeiras políticas, a agricultura familiar, como geradora de emprego e renda.
O futuro do atual secretário de Estado Zé Domingos vai depender do governador Silval Barbosa priorizar o Desenvolvimento Rural de forma efetiva e dando condições de trabalho, que estão escassas por causa do corte nas despesas determinado diante da crise econômica e da possibilidade do Tesouro Estadual não conseguir ter uma média de crescimento econômico previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano de 2011.