Ao divulgar hoje números de acidentes e mortes nos três primeiros meses de vigência da Lei Seca, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) alegou que a ausência de fiscalização da lei em muitas cidades no interior do país resulta na diminuição do ritmo de queda dos índices de acidentes fatais.
O balanço do último trimestre aponta uma redução de 8% nos acidentes com mortes em relação ao mesmo período do ano passado – 1.469 entre 20 de junho e 20 de setembro de 2007, contra 1.351 em 2008. Entretanto, se fossem considerados apenas os dois primeiros meses após a lei entrar em vigor, a redução seria de 13,6%.
A conclusão da PRF é que o resultado do terceiro mês ficou aquém do esperado, em virtude, especialmente, da carência de fiscalização rigorosa nas pequenas cidades.
“A responsabilidade pela segurança do trânsito se divide entre a União, os estados, municípios e, sobretudo, a sociedade. Se um destes elos se partir, o esforço de todos fica comprometido”, alertou o diretor-geral da PRF, Hélio Cardoso Derenne.
As estatísticas totais da PRF demonstram que desde o início da Lei Seca ocorreram 33.497 acidentes, com 18.759 feridos e 1.697 mortos. No mesmo período do ano passado foram registrados menos acidentes (30.835), menos feridos (18.596), mas um número superior de mortes (1.808).
Desde a vigência da lei, 1.751 motoristas foram presos em flagrante por dirigirem embriagados ao longo dos 61 mil quilômetros de rodovias federais. Houve, ainda, a autuação de 2.797 condutores pelo mesmo motivo.