O ex-vereador em Cuiabá pelo PMDB José Antônio Silva Parente, o "Totó Parente", foi citado em depoimento na justiça federal, pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, de acompanhar o ex-prefeito e atual senador Lindbergh Farias (PT-RJ) numa reunião onde foram pedidos R$ 2 milhões para a campanha do petista ao Senado, em 2010. O diretor que confessou muitos de esquemas de corrupção, denunciou senadores, deputados, ex-parlmantares, empreiteiros disse que foram dezenas de encontros com Farias. O Globo informa que "o petista estava acompanhado do assessor" Totó (foto).
Com base no depoimento, o procurador Rodrigo Janot apontou "conjunto suficiente de elementos a justificar a instauração de inquérito" e colocou o senador (que foi cara pintada na década de 90 e liderou movimentos pelo impeachment do ex-presidente Collor) na lista dos 47 que pediu ao STF para abrir inquérito e investigá-los.
Paulo Roberto Costa afirmou que falou com doleiro Alberto Yousseff -que está preso- para que fizesse o repasse a Lindbergh e diz ter certeza que o depósito foi feito. "Pois, caso contrário, haveria reclamação".
Ainda de acordo com O Globo, Yousseff negou ter feito o repasse e que conhecia Lindberg e seu assessor, Totó.
Lindbergh Farias (PT-RJ) reclamou do fato de não ter recebido informações sobre sua situação e disse que vai provar que não tem nenhuma ligação com o escândalo da Petrobras. Ele admitiu os encontros e as gestões junto a Costa para que ele ajudasse na captação de dinheiro, mas ressaltou que as contribuições "foram todas legais".
Totó Parente ainda não se manifestou sobre as declarações de Paulo Roberto Costa.
Conforme Só Notícias já informou, no depoimento do ex-diretor à Polícia Federal, também foi mencionado que o ex-deputado mato-grossense Pedro Henry, que foi um dos líderes do PP no governo Lula, também receberia dinheiro da propina na Petrobras. O PP é quem havia indicado Paulo Costa para a diretoria da estatal.
(Atualizada às 08;28hs em 10/3)