A ex-senadora Serys Slhessarenko (PRB) defendeu uma saída rápida para a crise política do Brasil. Para ela, a população é a parte mais penalizada com a paralisia dos poderes diante do atual quadro, que envolve o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e a votação de processo que pode culminar com a cassação da chapa encabeçada pela petista, que tem como vice Michel Temer (PMDB).
Serys destaca que qualquer que seja o resultado destas duas situações não há espaço para o clima de ódio instalado no país neste momento. A afirmação foi feita durante entrevista à rádio CBN Cuiabá. Serys, que militou por muitos anos no PT, chegando ao cargo de senadora, lembra que desde 2005, quando eclodiu o escândalo do Mensalão, há relatos de corrupção na administração petista.
“Tive 20 anos de mandato pelo PT e na época a gente não tinha conhecimento do que estava acontecendo, até que apareceu o Mensalão. Constatei que isso era verídico e deixei o partido. Lá tem gente que agiu errado, que está agindo errado, mas também tem gente que não tem culpa”.
Serys salienta que por conta deste episódio, decidiu criar a lei das organizações criminosas, que engloba o instituto da delação premiada, utilizada atualmente pelo juiz Sérgio Moro no caso da operação Lava Jato. “Sempre fiquei intrigada com gente que entrava na política, não tinha nada, e de repente acumulava um grande patrimônio. Com salário de deputado, senador, não dava”.
Sobre uma possível saída de Dilma, Serys adota a cautela e defende que a comissão criada para analisar se houve ou não crime de responsabilidade é que tem legitimidade para definir o quadro.