Ex-senadora Serys Marli está de malas prontas para ingressar no PTB, ainda sem definição de data para realizar sua filiação. A adesão ao partido deve promover desfiliação em massa do PT, não apenas da corrente ligada a ela em Cuiabá, mas ainda de um bloco de petistas do interior. No PTB, o nome de Serys é colocado como via para disputar vaga ao Senado, em costuras políticas com o denominado bloco da oposição, capitaneado pelo PSDB.
Em Brasília, onde milita em organizações internacionais da área ambiental, a ex-senadora por Mato Grosso mantém os planos de pleitear novamente seu retorno ao Senado. Nas eleições de 2010, ela perdeu para o então deputado federal, Carlos Abicalil, em consulta interna, o direito de disputar a reeleição. O resultado abriu uma fenda no PT difícil de ser superada. As consequências foram as mais negativas possíveis à sigla, em racha que colaborou para a derrota de Abicalil e dela, na corrida à cadeira na Câmara Federal.
Ela deixou o PT, partido que ajudou a fundar no Estado no final da década de 80, no final de 2012. No partido, passou por dissabores, como em relação ao seu pedido de expulsão (2011) dos quadros do PT, acusada de infidelidade partidária no pleito de 2010.
Em 2002, ela foi eleita a primeira mulher senadora no Estado. O histórico dela traz outras lutas, como a disputa ao governo em 2006, ficando com o terceiro lugar na corrida. Formada em Direito e Pedagogia pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a ex-senadora também atuou como deputada estadual, sendo eleita em 1990, com duas reeleições consecutivas. No PTB de Chico Galindo, ela terá a missão de ajudar a alavancar o projeto para 2014. No Estado, o partido está representado pelo deputado Luiz Marinho, dois prefeitos, quatro-vice-prefeitos e 47 vereadores.