O ex-secretário de Estado de Desenvolvimento do Turismo, Pedro Nadaf, saiu temporariamente da cadeia, esta manhã, e foi levado a Assembleia Legislativa depôs na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa. Ele chegou sob escolta policial, que permanece na entrada do Legislativo e dentro do auditório, onde foi ouvido.
"Eu assumi a delegação com a função de coordenar o processo de angariar o apoio da população para a realização desse evento, principalmente pelo caráter histórico e turístico da capital e de Mato Grosso", disse Nadaf. "Eu trabalhei para a que Cuiabá fosse subsede, mas o período que eu estava no comitê a cidade ainda não tinha sido escolhida. Então eu não participei da escolha do modal", disse se referindo a opção pela implantação do Veículo Leve sob Trilhos (VLT). O ex-secretario deixou o comitê em fevereiro de 2008, e afirmou durante os questionamentos que não era membro que e nem fazia parte do Comitê de Execução das obras. Nadaf lembrou ainda que todas as decisões eram tomadas pela equipe sem influências do governo.
A convocação pela CPI visa esclarecer a atuação dele como presidente do Comitê Pró-Copa e a escolha da capital para sede do evento mundial.
Ele havia prestado depoimento antes de ter sido preso, acusado de receber propina, esquema que o GAECO descobriu e motivou sua prisão, bem como do ex-secretário Marcel Cursi (Fazenda).
Nadaf foi preso no dia 15 de setembro na Operação Sodoma do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) e do Cira – Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos – por suspeita de integrar esquema criminoso de beneficiamento de empresas com renúncias e incentivos fiscais.
O presidente da CPI, deputado estadual Oscar Bezerra (PSB), explicou que a divulgação de suas participações nos fatos iniciais e históricos, que resultaram na intenção de apresentar Cuiabá como sede para a Copa do Mundo de 2014, é o principal motivo da convocação de Nadaf.
“Estamos aprovando diversos convites e convocações para retomarmos as oitivas com a agenda já completa, pois, fomos prejudicados pela paralisação dos trabalhos por mais de 60 dias, e com isso, temos que recuperar este prejuízo. Com isso, aprovaremos os nomes para montarmos uma agenda de depoimentos”, esclareceu o deputado.
O próximo a depor é o ex-diretor geral do Dnit, Luiz Pagot.
(Atualizada às 11:57hs)