O ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, e a esposa dele, Laura Tereza da Costa Dias, têm três dias para efetuarem o pagamento de R$ 155 mil ao escritório de advocacia Dias Lessa Advogados. Em decisão proferida na última semana, a juíza Olinda de Quadros Altomare Castrillon determinou a citação do casal com relação à dívida. Caso não paguem no prazo estipulado, o oficial de justiça deverá proceder a penhora dos bens.
Conforme a ação de cobrança, a empresa defendeu, por alguns meses, o casal durante as investigações da operação Ararath. Os advogados do escritório, o ex-presidente do Tribunal de Justiça, Paulo Lessa, e o filho dele, Fábio Lessa, atuaram na defesa de Eder em maio do ano passado, quando o ex-secretário foi preso, na quinta fase da Ararath. Eder permaneceu detido por 81 dias e teve a liberdade concedida após o trabalho dos defensores.
Paulo e Fábio participaram também de audiência de instrução de um dos processos em que o ex-secretário é réu, desdobramentos da ação da Polícia Federal. Após as audiências, Eder não teria mais atendido as ligações dos advogados.
Em 14 de agosto, o ex-secretário compareceu à Justiça Federal ao lado do advogado Ronan de Oliveira, que informou que o escritório de Lessa não atuaria mais na defesa de Eder.
Atualmente, Moraes está preso há no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). A nova prisão foi embasada na denúncia de envolvimento em práticas que violariam a decisão judicial que lhe concedeu liberdade provisória como a realização de operações imobiliárias com valores inferiores aos praticados no mercado e a aquisição de veículos de alto padrão, em nome de “laranjas”, com o intuito de ocultar a real propriedade e impedir o cumprimento de decisão judicial de sequestro/arresto de bens.