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Ex-secretário adjunto diz que não avaliou terreno; governo teve prejuízo de R$ 7 milhões

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O coronel reformado da Polícia Militar e ex-secretário adjunto de Estado de Administração, José de Jesus Nunes Cordeiro, afirmou ter trabalhado corretamente, não ter ligações policiais e nem vínculo com organização criminosa acusada de dar um prejuízo de R$ 7 milhões aos cofres do governo na compra de uma área durante a gestão Silval Barbosa (PMDB). As declarações foram dadas, esta tarde, durante audiência comandada pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda.

Ele também negou ter feito qualquer avaliação sobre o valor do terreno. "Não fiz avaliação. Fiz um parecer, pois a SAD, por lei, é responsável por gerir o patrimônio do Estado. Esse processo tramitou e foi para a SAD fazer avaliação, mas por falta de dinheiro foi encaminhado para Intermat e depois voltou de novo para a SAD. O Wilson Taques (ex-adjunto da Sema) foi quem me procurou e disse que o processo só tramitaria com uma manifestação da SAD".

O ex-adjunto disse que sem o parecer, o processo não tramitava e era importante para Sema. “Sem técnico e engenheiro para fazer avaliação eu fiz um parecer tendo como base outros pareceres feitos por técnicos em relação à avaliação do imóvel. Esse parecer era indispensável naquela fase de desapropriação. Não sei se tem sobrepreço porque a única avaliação é do proprietário. Pode ser que tenha sobrepreço, mas não tem outra avaliação, somente aquela apresentada pelo dono. Não foi feita outra avaliação. Não podemos afirmar se houve sobrepreço, se existiu não temos como saber”.

Cordeiro explicou que ao emitir o parecer adotou como parâmetro a opção pelo menor valor que oscilava em até R$ 15 mil o hectare apresentado por Filinto Corrêa. Ele garante que nunca visitou o imóvel para emitir o parecer e garante que só ficou sabendo que o terreno de fato foi desapropriado no dia em que foi preso. José Cordeiro disse não saber qual foi o envolvimento de Nadaf, Silval e de Afonso Dalberto, ex-presidente do Intermat. Só sabe que foi Afonso Dalberto que fez o pagamento do terreno. Afirmou que só tem conhecimento dos detalhes que constam nos autos.

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