O ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto, estaria em vias de firmar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Estadual (MPE). A informação não foi confirmada pelo órgão, mas fontes garantem que a possibilidade da colaboração do ex-servidor com as investigações é grande. Dalberto é réu de uma ação penal decorrente da operação Seven, que aponta para a ocorrência de um suposto esquema de desvio de R$ 7 milhões dos cofres do Estado.
Para aderir ao acordo, Dalberto teria informações sobre a ocorrência de irregularidades em processos de regularização fundiária, ocorridos na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). As fraudes teriam ocorrido na regularização fundiária de dois bairros da Capital, um deles o Renascer.
A possibilidade de acordo já havia sido levantada, sobretudo com as declarações prestadas por Dalberto após ser preso pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Na ocasião, o ex-servidor apontou Silval como o mandante da fraude, que consistiu no pagamento de R$ 7 milhões ao médico Filinto Corrêa da Costa por uma área que já teria sido vendida ao Estado anos atrás.
Segundo o ex-presidente, o acerto do pagamento teria acontecido em uma reunião na Casa Civil, que contou com a presença do ex-secretário Pedro Nadaf e do procurador aposentado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, cunhado de Filinto. À época, Dalberto pontuou aos promotores que diante da indisponibilidade de orçamento para o pagamento, Silval teria emitido um decreto efetuando o repasse para custear a operação.