O ex-presidente da Câmara, vereador Lutero Ponce (PMDB), foi indiciado em cinco crimes: formação de quadrilha (com pena prevista de 1 a 3 anos), falsificação de documento particular (1 a 5 anos), fraude à licitação (2 a 4 anos), falsidade de documento público (2 a 6 anos) e peculato, que é apropriação de dinheiro público (2 a 12 anos). A esposa também foi indiciada por formação de quadrilha e peculato.
O inquérito já está sob análise do Ministério Público Estadual (MPE) para decidir se denuncia ou não formalmente todos os envolvidos. Mostra ainda que servidores públicos teriam sido incluídos sem consentimento na Comissão de Licitação da Câmara durante a gestão do ex-presidente. Eles foram nomeados apenas para assinar documentos e dar aparente legalidade ao esquema.
Não foram só servidores que foram nomeados sem consentimento. Empresários também asseguraram perante à Delegacia Fazendária que tiveram documentos fraudados na tentativa de dar aparente legalidade aos processos licitatórios nos anos de 2007 e 2008. Esse é o caso dos empresários Whyldson Figueiredo Pintel e Arlete Souza de Oliveira, que garantem que a empresa A. W. Engenharia, Arquitetura e Construção não participou do processo licitatório da Câmara.
Ao ver a documentação referente à licitação, eles afirmaram em depoimento realizado no último dia 2 de junho que os papéis referentes à empresa nem pertencem a A.W. Engenharia. A fraude seria uma forma de tentar dar aparente legalidade ao esquema, já que a legislação exige o convite e apresentação de propostas por parte de três empresas diferentes.