O juiz Leonardo Lúcio Santos condenou o ex-prefeito de Nova Ubiratã (165 quilômetros de Sinop), Valdenir José dos Santos, por uso indevido de veículo oficial. O magistrado fixou uma pena de dois anos de reclusão em regime aberto, substituída por prestação de serviços comunitários e pagamento de cinco salários mínimos. Além disso, o ex-gestor, que é pré-candidato a prefeito, ficará inelegível por um prazo de cinco anos, caso a sentença seja mantida em segunda instância.
A denúncia do Ministério Público do Estado (MPE) acusa Valdenir de pegar uma caminhonete GM S10 da prefeitura, durante o feriado de carnaval do ano de 2018, para finalidades particulares. Segundo a denúncia, o então prefeito “postou em sua página de Facebook diversas fotografias dos passeios feitos com sua família utilizando-se do carro e combustível do município para transportar a família e comparecer a pescarias e refeições em casas de amigos”. De acordo com o MPE, entre os dias 10 e 14 de fevereiro, Valdenir rodou 777 quilômetros com o veículo.
Ao analisar o caso, o magistrado decidiu condenar o ex-prefeito por crime de responsabilidade, previsto no Decreto-Lei n.º 201/67. Ao declarar Valdenir inelegível, o juiz destacou que “os delitos praticados por quem exerce função pública, cujas repercussões são extremamente graves no seio da sociedade, catalisam, sem sombra de dúvidas, sérios abalos aos princípios regentes da probidade administrativa, sobretudo, tratando-se de cargos políticos, impondo-se a medida como garantia do próprio prestígio étnico-moral, desestimulando-se a deflagração comportamento contrários a lei ou, mesmo, à margem da lei”.
Valdenir confirmou ao Só Notícias que irá recorrer da decisão e alega que utilizou o veículo a trabalho. “Eu usei o carro em um feriado, mas eu estava trabalhando, fazendo serviços na região, cuidando das pontes da MT-242, atendendo o pessoal de Santiago do Norte, onde abriu o asfalto na região de Paranatinga. Já justifiquei, já apresentei testemunhas, mas o juiz não levou em consideração. Mas vamos recorrer e a gente acredita muito na justiça”.
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