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Ex-prefeito de Cuiabá reafirma que deixou dinheiro em caixa

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O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), afirmou que assumiu o município com apenas R$ 95 mil em caixa, no entanto, seu antecessor, Chico Galindo (PTB), contesta os números divulgados pelo socialista. Nos últimos meses que antecederam seu mandato, o petebista teria afirmado que poderia deixar até cerca de R$ 15 milhões nos cofres municipais. Diante disso, o atual prefeito se surpreendeu com a situação financeira da prefeitura.

Mendes declarou, no início do ano, que durante o período de transição não teve acesso à movimentação financeira do Executivo. Uma de suas primeiras medidas ao assumir o mandato foi solicitar o levantamento de todos os contratos e restos a pagar e se mostrou nada satisfeito com o resultado.

Galindo, por sua vez, costumava declarar que, se pudesse, utilizaria todos os recursos do município para a execução de obras, mas que se empenhava em buscar investimentos. "Realmente, na conta única, não ficou praticamente nada. Mas existem recursos de outras fontes", explicou.

Na conta única o saldo era pouco superior a R$ 111 mil. O prefeito pondera que no primeiro dia útil do ano pode ter caído um ou outro cheque que tenha resultado no valor de R$ 95 mil encontrado pelo seu sucessor.

Ele reconhece que se fossem levados em consideração somente os recursos da fonte 100, o saldo seria menor que a metade do que havia no ano passado. De acordo com o ex-prefeito, se somadas todas as contas, pode-se verificar que os recursos em caixa foram da ordem de R$ 43,937 milhões, mas neles estão inclusos recursos do Instituto de Previdência de Cuiabá (CuiabáPrev), ou seja, dinheiro aplicado que sequer pode ser usado. "Mas falar nesse valor é uma mentira e eu não vou mentir. Eu poderia dizer que deixamos tudo isso, porque ele existe, mas esse dinheiro é do servidor, não da prefeitura", argumentou.

Galindo complementa ressaltando que, extraídos desse montante, o valor referente ao CuiabáPrev, o saldo em caixa, considerando todas as contas da prefeitura, foi de aproximadamente R$ 9,574 milhões, somando os saldos de convênio.

Ele ainda ressalta que nesta soma não se inclui dinheiro carimbado. Conforme o ex-prefeito, existem convênios que não estão listados nem nos restos a pagar e nem contabilizados em caixa.

O ex-prefeito cita como exemplo a construção de 23 Centros de Educação Infantil, cujo dinheiro para pagar as obras está na Caixa Econômica Federal. "Aqui pode ter até a medição do que realizou, mas ainda tem que realizar mais. Todo os convênios o dinheiro é carimbado, a contra-partida se põe na hora da medição".

Dos cerca de R$ 9,574 milhões, maioria está lotado em conta da Educação, por se tratar de saldo do Fundo Nacional de Educação (Funed). Galindo afirma que ainda existem saldo em outras contas, como na Secretaria Municipal de Saúde (SMS), frutos de repasses.

O fator que mais preocupa Mendes é a baixa capacidade de investimentos do município. Apesar do orçamento estimado em aproximadamente R$ 1,6 bilhão para 2013, o prefeito afirma que Cuiabá terá apenas R$ 80 milhões de recursos próprios para investir em novas ações.

Ainda, segundo o gestor, a maior parte destes recursos será consumida pelas obras de reforma em unidades de Educação. Galindo defende que o orçamento da pasta aumentou e o mesmo aconteceu com a Saúde, ampliando a capacidade de investimento nos setores tidos como prioritários pelo seu antecessor.

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