A audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia Fiscal, que estava marcada para esta tarde e pretendia ouvir o ex-governador, foi remarcada para amanhã, às 14h. Segundo o presidente da CPI, deputado estadual José Carlos do Pátio (SD), vários temas precisam ser discutidos neste encontro, principalmente, a política de renúncia de incentivo fiscal.
Conforme Pátio, alguns processos foram feitos de forma ilegal, sem sequer passar por carta consulta, análise técnica ou vistoria. “Por que ele fez crédito outorgado para uma empresa que já tinha incentivo fiscal, então são dúvidas que nós temos no processo de trâmite. De 70 processos que nós temos de auditoria, tem mais de mil irregularidades”.
Pátio ressalta que o ex-governador tanto sabia das irregularidades, como agia por interesse pessoal. “Ele tinha consciência sim. São procedimentos ilegais que nós vamos questionar e estamos analisando. Houve um problema sério, do não direito da livre concorrência, na verdade os incentivos não foram feitos por critérios, foram feitos por interesses pessoais, porque os critérios poderiam ser através de empresas, por segmento, por região, mas não foi isso que aconteceu e temos que deixar muito claro aqui”.
Mesmo se sentindo pressionado por ser o presidente da comissão, o parlamentar destacou que, empresários que participaram do esquema e o ex-governador Blairo Maggi (PR) também serão convidados a depor. Nesta quarta-feira (16), será a vez do ex-secretário de Indústria e Comércio, Alan Zanatta. Ele foi o último a ocupar o cargo, quando supostamente os incentivos foram concedidos, desrespeitando critérios.
Outro lado
Conforme a assessoria de imprensa do ex-governador Silval Barbosa, ele não compareceu, esta tarde, à Assembleia Legislativa, pois foi comunicado que não haveria reunião da CPI.