A migração do governador Pedro Taques do PDT para o PSDB foi uma dos grandes êxitos dos tucanos este ano, primeiro do mandato. Presidente regional da sigla, o deputado federal Nilson Leitão avaliou que ele já vem imprimindo a forma de conduzir o Executivo, marcado pelo que classificou como um novo modelo pautado na austeridade. Ressaltou, principalmente, a economia com os gastos e as decisões fiscais, diante do cenário deixado pelo governo anterior.
Leitão afirmou, em entrevista ao Só Notícias, que Taques assumiu o governo com “muitas armadilhas contábeis, contratuais, políticas e implantou seu próprio modelo, indo no ritmo dele, o que tem dado resultado. Ele vai ter uma economia em relação a 2014 de quase R$1 bilhão. Só com contratos cortados da gestão anterior, ou quase metade, são R$ 300 milhões que deixaram de ser desviados”.
Frisou ainda que as medidas até agora ainda não foram suficientes para fazer um bom governo, mas ressaltou que mudanças vão ocorrer, de forma gradual. “Mas 2015 serviu para mostrar que se pode fazer diferente, porque do resultado de 2014 ainda vai se pagar uma conta por muito tempo, quando faltaram repasses para os municípios, regularizações, recursos para saúde”.
Ele acrescentou ser um governo “que se resume pela austeridade e um modelo novo. Mas é claro que não fez tudo que é preciso, até porque não há conduções de arrumar a casa em um ano. Se o ex-presidente da Assembleia Legislativa (José Riva) está preso, ex-secretários (de Indústria e Comércio, Pedro Nadaf, e de Fazenda, Marcel de Cursi) e próprio ex-governador (Silval Barbosa-PMDB) é porque a coisa não estava tão boa”.
Silval está preso desde 17 de setembro, em Cuiabá. É acusado de chefiar um esquema de corrupção para cobrança de propina de empresários para concessão e manutenção de incentivos fiscais através do Programa de Desenvolvimento e Comercial de Mato Grosso (Prodeic). Pelo mesmo motivo também estão os ex-secretários.
Já Riva está preso desde 13 de outubro, a pedido do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), na operação Célula Mãe, uma continuidade da operação Metástase deflagrada em setembro para desarticular um esquema de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa. Esta operação, segundo o Ministério Público Estadual, desbaratou um esquema de desvio de verbas de suplementos no Legislativo Estadual, cujo prejuízo estimado é de R$ 2 milhões.