O ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa, que está preso desde 15 de setembro do ano passado, pode ser soltou já na quarta-feira (23), data que a Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça retoma o julgamento do habeas corpus dele, iniciado na semana passada. Como o réu está segregado, a análise deve ser prioridade. Ele já tem o voto favorável do desembargador Luiz Ferreira da Silva, mas ainda faltam os dos desembargadores Gilberto Giraldelli e Juvenal Pereira da Silva, que pediram vistas.
O pedido de liberdade é contra a prisão decretada na Operação Seven, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), as investigações apontam que ele teria atuado para o desvio de R$ 7 milhões das contas do Intermat no final de 2014, para compra fraudulenta de uma propriedade rural na região do Manso.
A principal linha da defesa de Silval, tem sido a revogação do mandado de prisão dele na Operação Sodoma, o que tornaria também ilegal a manutenção do emitido para Operação Seven. É frisado ainda que ele “apenas” teria assinado o decreto para desapropriação da área apontada nas investigações.
Na Sodoma, Silval e os ex-secretários de Indústria e Comércio, Pedro Nadaf, e de Fazenda, Marcel Cursi, são acusados de integrarem um esquema de concessão de benefícios do Prodeic a uma empresa a partir do pagamento de propina. O esquema teria arrecadado cerca de R$ 2,6 milhões de um empresário, que acabou delatando o esquema.