Uma revelação feita esta semana pela ex-escrevente do fórum de Cuiabá Beatriz Arias pode causar reviravolta no caso do juiz Leopoldino Marques do Amaral, que denunciou desembargadores mato-grossenses. Ele não teria sido assassinado, estaria vivo, feito plástica e vivendo na Argentina. Beatriz Arias é apontada como co-autora do homicídio, que teria ocorrido no Paraguai, em 1999. De acordo com Beatriz, ele”precisava fugir do Brasil porque tinha se apropriado de dinheiro de processos judiciais”. Seriam desvios de depósitos bancários judiciais liderados pelo Leopoldino de aproximadamente de US$ 2 milhões. Ela diz ter certeza absoluta que o magistrado estari vivendo com nova identidade na Argentina. Afirmou que o advogado Eudácio Duarte e Rosemeire Monteiro, ex-esposa do magistrado, também sabem
O juiz Pedro Sakamoto, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que ouviu o depoimento de Beatriz, determinou a exumação do cadáver para ser feito exame de DNA. Ele encaminhou o “termo de audiência” para o Tribunal de Justiça, a quem compete tomar providências diante dessa hipótese de Amaral estar vivo. De acordo com o jornal A Gazeta, Sakamato expediu carta precatória para a Comarca de Poconé (a 100 km de Cuiabá), onde o corpo oficialmente reconhecido como do magistrado Leopoldino está enterrado desde setembro de 1999. Os peritos devem realizar o trabalho de exumação e de coleta de material hoje pela manhã.
Depois de depor, Beatriz procurou o juiz Sakamoto, na última terça-feira, e reafirmou as revelações que contradizem ela própria no longo processo que tramitou na Polícia e na Justiça Federal por mais de quatro anos, até sair o julgamento.
Marcos Peralta, já falecido, que era tio da ex-escrevente foi apontado como o homem que matou o juiz.
Ao juiz Sakamoto, Beatriz afirmou de forma categórica, anteontem, que “Leopoldino está vivo e morando na Argentina”. Conta que o magistrado com quem trabalhou, revelou-lhe, em 1999, que “precisava fugir do Brasil porque tinha se apropriado de dinheiro de processos judiciais”. Tratam-se de desvios de depósitos bancários judiciais liderados pelo Leopoldino cujo montante chegou a cerca de US$ 2 milhões. Ele temia ser preso pelo crime de peculato.
Beatriz conta que o próprio Leopoldino revelou o plano de fuga, quando ambos estavam juntos no Hotel Acapulco, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Ela diz que está presa por um crime que não cometeu.