O ex-diretor de gestão e risco do Banco do Brasil, Expedito Afonso Veloso, disse em entrevista para o jornal “O Tempo” que a suposta operação de compra de um dossiê contra políticos tucanos foi liderada por Jorge Lorenzetti –conhecido como churrasqueiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lorenzetti ocupava o cargo de analista de risco e mídia da campanha do núcleo de inteligência –que foi desativado– da campanha à reeleição do presidente Lula.
Veloso afirmou ainda que Lorenzetti operava como interlocutor do presidente do PT, Ricardo Berzoini. Hoje, o presidente Lula disse em entrevista para três rádios que Berzoini era responsável pelos petistas acusados de envolvimento na compra do dossiê.
Berzoini foi afastado da coordenação-geral da campanha de Lula após as denúncias que ele havia sido informado por Oswaldo Bargas, seu ex-secretário, sobre um encontro com a “Época” para oferecer denúncias contra o ex-ministro José Serra.
Veloso negou que tenha montado o dossiê em Cuiabá. Ele disse na entrevista que foi até Cuiabá para avaliar o conteúdo “técnico” do material.
Ele afirmou ainda que o conteúdo do dossiê seria muito maior que as fotos e imagens divulgadas até agora pela Polícia Federal. Veloso afirmou que se reuniu com Luiz Antônio e Darci Vedoin, donos da Planam –líderes da máfia das ambulâncias–, e teria visto cópias de 15 cheques e 20 comprovantes de depósitos.