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Ex-deputado diz que vai devolver R$ 560 mil de propina incluindo um imóvel em Sinop

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Em depoimento prestado na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, nos autos da ação penal por crime de lavagem de dinheiro, derivada da Operação Aprendiz, o ex-deputado estadual, Maksuês Leite, reafirmou a existência de um esquema que desviou R$ 1,5 milhão da Câmara Municipal de Cuiabá em 2013, período em que o vereador cassado, João Emanuel Moreira Lima, presidiu o Legislativo. Maksuês foi interrogado pela juíza Selma Rosane Santos Arruda e confirmou
todos os detalhes do esquema já relatado por ele em um acordo de colaboração premiada. Conforme os autos, o desvio de dinheiro e fraude em licitações foi colocado em prática em 2013 quando João Emanuel foi eleito presidente da Câmara de Vereadores da Capital e fez uma adesão a uma ata de registro de preços da Assembleia Legislativa para compra de materiais gráficos e de expediente da Propel Comércio de Materiais Ltda. ME, nome fantasia Gráfica O Documento, que era de propriedade de Maksuês e seu sócio, Gleisy Ferreira de Souza.

Além de João Emanuel e Gleisy também são réus no processo: Guedey Araújo, Luciano Cândino Amaral e Lucas Henrique do Amaral. Ouvido na condição de testemunha, Maksuês confirmou que vai devolver aos cofres públicos os valores que recebeu enquanto participou do esquema operado no Legislativo Cuiabano e também na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. A devolução dos valores é uma das cláusulas do acordo de delação premiada firmado por ele e homologado pela juíza Selma Arruda. Na audiência, o ex-deputado disse que vai devolver R$ 560 mil, valor recebido ilegalmente no esquema operado na Câmara e na Assembleia. Essa devolução, além de parcelas em dinheiro, incluirá um imóvel que Maksuês possui no município de Sinop. Conforme Maksuês Leite, ele não era o real dono da Propel. Revelou que a empresa simulava a entrega de materias gráficos para a Câmara de Cuiabá somente para justificar os pagamentos por serviços não prestados. Ele confirmou a denúncia do Ministério Público, que aponta que dos valores pagos, 75% ficavam para João Emanuel enquanto ele ficava com os outros 25%. A Operação Aprendiz originou diversas ações penais e civis que tramitam na Justiça de Mato Grosso contra os investigados. Em uma ação civil por improbidade, as contas dos réus foram bloqueadas no ano passado até atingir o valor de R$ 1,5 milhão.

Ainda em seu interrogatório, o ex-deputado atestou que se encontrou pessoalmente com João Emanuel no início
de sua gestão como presidente do Legislativo Municipal. Revelou que o encontro ocorreu em frente à Clínica Femina, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA). Já o advogado Lázaro Moreira Lima, irmão e defensor de
João Emanuel, contesta tal informação e diz que o próprio Maksuês se contradiz quando cita o suposto encontro. Lázaro garante que o ex-deputado já citou 2 locais diferentes (em frente da Femina e em frente à Câmara de Vereadores) como sendo o ponto do encontro e da conversa que teria tido com Emanuel. Na versão do ex-deputado, foi nesse encontro
com João Emanuel que ambos acertaram a adesão da Câmara de Cuiabá à ata de registro de preços da Assembleia, que já estava pronta, de modo que precisavam apenas acertar o valor

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