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Ex-comandante da PM e ex-adjunto da Secopa são alvos do Gaeco

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O ex-comandante geral da Polícia Militar, coronel Nerci Adriano Denardi, e o ex-secretário adjunto de Infraestrutura e Desapropriações da Secopa, Alysson Sander Souza, são alguns dos 13 alvos de mandados de condução coercitiva cumpridos pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), esta manhã.  Os mandados foram decretados pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda.

Denardi foi comandante-geral da PM entre os anos 2013 e 2014, na gestão do ex-governador Silval Barbosa. Formado em Tecnologia de Processos Gerenciais e pós-graduado em Aperfeiçoamento de Oficiais e Política, Estratégia e Gestão, atualmente ele está lotado como servidor comissionado da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

Já o ex-secretário adjunto da Secopa Alysson Sander de Souza também trabalha atualmente na Assembleia. Além deles, também foram alvos de condução coercitiva e estiveram no Gaeco para prestar depoimentos:

Odenil Rodrigues de Almeida, servidor da AL, que já foi citado pelo ex-presidente da Casa, José Riva, na operação Ventríloquo; Tscharles Franciel Tscha, servidor e ex-secretário geral da Assembleia; Enéias Viegas da Silva, secretário-executivo de Orçamento e Finanças e Contabilidade do TCE; Fabrício Ribeiro Nunes Domingues, servidor da Assembleia; Marcelo Catalano Corrêa, servidor de carreira do Tribunal e Contas do Estado (TCE); Drieli Azeredo Ribas, servidora da Assembleia, Maurício Marques Júnior, servidor do TCE; Márcio José da Silva, funcionário e prestador de serviços da Faespe; Sued Luz, servidor da Assembleia; e Alisson Luiz Bernardi, funcionário e prestador de serviço da Faespe.

Conforme a decisão da juíza Selma Arruda, a oitiva dos conduzidos podem explicar as circunstâncias em que os crimes de desvios de recursos públicos por meio da Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faespe) ocorreram, além de confirmar ou afastar a participação dos representados no esquema criminoso, conhecendo a identidade de todos os envolvidos e, principalmente, a extensão dos danos causados à administração pública, o que a magistrada considerou serem “indispensáveis” nesse momento.

Segundo a juíza, as conduções têm o objetivo de “evitar que os envolvidos tenham tempo para ocultar informações, combinar versões fantasiosas ou mesmo contatar com outras testemunhas ou pessoas envolvidas e até, quiçá, suprimir provas, visando atrapalhar a investigação”. Ela baseou essa suspeita no depoimento do desempregado Marcos Moreno Miranda, que foi alvo na primeira fase da operação Convescote e relatou que foi usado como “laranja” pelo servidor do TCE Cláudio Roberto Borges Sassioto para, por meio de uma empresa de fachada, lavar dinheiro recebido pela Faespe.

Segundo Moreno, desde o ano passado, Cláudio já havia lhe dito que havia uma investigação sobre as fraudes em curso e, por conta disso, já havia contratado um advogado, além de orientar que os envolvidos trocassem os chips de seus celulares para evitar interceptações, além de afirmar que havia pessoas poderosas, inclusive uma “mão no Tribunal de Justiça que estaria segurando os documentos para não dar em nada”.

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