domingo, 22/setembro/2024
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Ex-assessora acusa Janaína Riva de receber dinheiro da Assembleia antes de ser deputada

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A ex-assessora da presidência da Assembleia Legislativa, Marisol Castro Sodré, prestou depoimento, esta manhã, à juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda, e afirmou que Janaína Riva e seu primeiro marido, Luiz Carlos Azóia, também recebiam dinheiro no gabinete do pai, ex-deputado José Riva, todos os meses e durante cerca de três anos.

Marisol disse que, embora fosse Maria Helena Ayres Caramelo, chefe de gabinete de José Riva quem fazia os repasses, em algumas oportunidades, deixava o envelope com ela para que esta fizesse a entrega pessoalmente a Janaína e Azóia. “Sempre que ela (Maria Helena) deixava dinheiro comigo para repassar para quem quer que fosse, eu abria e envelope e contava o dinheiro para evitar problemas. Várias vezes repassei os envelopes contendo R$ 4 mil cada para os dois”.

Marisol atuava como contadora do suposto esquema de desvio de cerca de R$ 1,7 milhão, conforme mostra uma lista de nomes de pessoas e os respectivos valores que cada um recebia ao Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ela trabalhou no Parlamento de 2005 a 2015, sempre lotada no gabinete de José Riva, de quem virou pessoa de confiança.

Marisol disse ainda que prestava contas dos pagamentos da verba de suprimento diretamente para o deputado José Riva. Ela ainda revela que foi orientada por Maria Helena Caramelo a destruir documentos. "Coloquei fogo em alguns documentos que poderiam atestar as fraudes, mas graças a Deus sobrou documentos para comprovar o que sustentei", frisou, ao confirmar que cada um dos que recebiam dinheiro no gabinete assinava um recibo.

De acordo com a delatora, um determinado número de servidores lotados no gabinete tinha a incumbência de retirar R$ 8 mil depositados em suas contas e repassar imediatamente para Maria Helena fazer os pagamentos. Ela chegou a defender Maria Helena dizendo que em algumas oportunidades a chefe de gabinete chegou a sacar dinheiro da própria conta para atender o gabinete e que se reembolsava quando entrava a verba de suprimentos.

Outro lado – por meio de nota encaminhada por sua assessoria, a deputada Janaína Riva disse que vai acionar a delatora Marisol Sodré na Justiça e garante que nunca pegou nenhum dinheiro da Assembleia antes de ser deputada estadual. A parlamentar entende que a acusação é um discurso “orquestrado” para tentar denegrir sua imagem.

Sobre as declarações mentirosas prestadas em juízo na manhã desta sexta-feira pela ex-servidora da Assembleia Legislativa Marisol Sodré a respeito de suposto pagamento de verba de suprimento no valor R$ 4 mil à pessoa de Janaina Riva, filha do ex-deputado José Riva, a parlamentar vem a público esclarecer que nunca, em qualquer circunstância, sequer se reuniu sozinha essa servidora.

Mais ainda: nunca teve nenhum trato com ela e se recusou a é que não a aproveitá-la em sua equipe quando se elegeu deputada, a exemplo do que fez com alguns técnicos da equipe do seu pai. Segundo a deputada, essa acusação mentirosa soa como discurso orientado a fim de macular a sua imagem.

"Cabe a quem acusa o ônus da prova. Quero ver ela provar que algum dia peguei um centavo sequer da Assembleia Legislativa. Nunca precisei disso, sempre tive os meus negócios", disse ela ao afirmar que já acionou inclusive seus advogados para que tomem as medidas cabíveis com relação a tais declarações.

O advogado Rodrigo Mudrovisch anunciou que vai aciona-la civel e criminalmente. "É assustador o nível rasteiro desse acordo de delação. A acusação é mentirosa e irresponsável. Vamos, de imediato, propor medidas judiciais cíveis e criminais contra essa delatora. Não há qualquer envolvimento da Deputada nos fatos discutidos na operação Metástase”.

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