A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) vão fazer uma projeção detalhada sobre a infraestrutura dos aeroportos e a demanda por transporte aéreo no Brasil para a Copa de 2014. A solicitação foi feita ontem (14) pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante reunião com representantes do setor de aviação civil.
A partir dessa previsão, que deve demorar cerca de 15 dias para ficar pronta, será calculada a oferta disponível com a infraestrutura atual. “Primeiro, nós vamos trabalhar no que estamos fazendo com a oferta e a estrutura que temos hoje. Ver as medidas que podem ser tomadas de natureza gerencial e estrutural”, disse Jobim.
Segundo ele, a oferta deverá atender à demanda com uma folga de 10%. Dessa forma, haverá margem para acomodar eventos inesperados.
Entre as medidas administrativas que serão estudadas, está o uso de slots (autorizações para pouso e decolagem) em horários vagos para receber voos fretados (voos charter). “A experiência levantada pela Anac, na África do Sul, foi um brutal aumento de vooscharter. Com esses voos, você pode não usar as horas de pico”.
O projeto vai incluir também o mapeamento de aeroportos alternativos para que, em caso de lotação esgotada em aeroportos que recebem voos da aviação geral, o tráfego possa ser desviado para locais menos demandados.
De acordo com Jobim, bases aéreas da Força Aérea Brasileira devem receber voos de delegações esportivas e de autoridades, desafogando os aeroportos comerciais. “Vamos precisar de aeroportos alternativos, não estou falando de aeroportos só da Infraero. Tem aeroportos alternativos que são da Força Aérea, outros que são dos estados e outros, dos municípios É necessária uma estrutura de contingência para retirada rápida desse avião e liberação de pista”.