Para a viabilização da Hidrovia Teles Pires-Tapajós, com a construção simultânea de 14 eclusas, juntamente com as cinco hidrelétricas previstas para o rio Teles Pires, seria necessário R$ 6,1 bilhões em investimentos. A estimativa está em um estudo preliminar entregue, na segunda-feira (28 de fevereiro), em Sinop, por lideranças ao secretário extraordinário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes de Mato Grosso, Francisco Vuolo.
As eclusas garantiriam a passagem de barcos onde há desníveis tornando os 1.883 quilômetros navegáveis, ligando o Norte de Mato Grosso ao Pará, para escoamento das produções agrícolas, de madeiras e carnes do Estado. Conforme o estudo, seriam necessários R$ 4,5 bilhões para a construção de sete eclusas em barragens hidroelétricas (onde é gerada energia elétrica com a passagem de água por turbinas hidráulicas), três no rio Tapajós e quatro no rio Teles Pires. Para a construção das outras sete eclusas sem hidroeletricidade, uma no Tapajós e seis no Teles Pires, precisariam ser investidos R$ 885 milhões.
Ainda segundo as estimativas apontadas no estudo, teriam que ser investidos R$ 60 milhões no desmonte de rochas a seco, nos remansos dos reservatórios. R$ 350 milhões seriam necessários para a remoção das rochas e R$ 70 milhões para a limpeza. R$ 200 milhões teriam que ser investidos na abertura de canais de navegação fora dos leitos dos rios e R$ 20 milhões para sinalizações.
Após a concretização da obra, R$ 20 milhões teriam que ser investidos anualmente na manutenção da hidrovia (800 km no rio Tapajós e 1.083 km no Teles Pires), e R$ 30 milhões na manutenção das eclusas. O estudo revela que quatro eclusas seriam construídas no Rio Tapajós e dez no Teles Pires.
Conforme Só Notícias já informou, lideranças favoráveis a construção das eclusas solicitaram apoio, durante debate na sede do Sindusmad, ao secretário extraordinário. Entre a lideranças que participaram, estiveram o presidente da Aces, Mauro Muller, os deputados estaduais Baiano Filho (PMDB) e Dilmar Dal Bosco (DEM), o presidente do Sindusmad, José Eduardo Pinto, o presidente do Sindicato Rural, Antonio Galvan, e a presidente da OAB, Soraide Castro.