O governo estadual informou que o corte de despesas totais chegou a 30% em relação ao que foi previsto despender com os recursos públicos. O volume de dinheiro que está entrando nos cofres do Estado está abaixo do esperado, embora a Secretaria de Fazenda aponte que a arrecadação continua se mantendo com média de 6% acima do arrecadado no mesmo período em 2010. As Receitas Públicas nos primeiros 9 meses do ano chega a R$ 7,407 bilhões, contra R$ 6,541 bilhões do ano anterior, ou seja, R$ 866 milhões a mais. Mas se os mesmos números forem comparados com a previsão de arrecadação para o ano de 2011, a diferença se inverte, pois se esperava arrecadar R$ 8,259 bilhões contra R$ 7,407 realizados, ou R$ 852 milhões a menos.
O ICMS, que é a maior fonte de renda do Estado e dos municípios será colocado pelos técnicos da Sefaz com uma receita já arrecadada da ordem de R$ 3,142 bilhões contra R$ 2,953 bilhões arrecadados no mesmo período do ano passado, uma diferença de R$ 189 milhões a mais, só que se comparado com a previsão de arrecadação, o realizado seria menor em R$ 179 milhões.
O secretário de Fazenda, Edmilson Almeida, vai detalhar mais dados na audiência pública prevista para amanhã, às 9h, na Assembleia Legislativa, e que será diferente daquelas em que ele por força da Lei de Responsabilidade Fiscal tem a cada quadrimestre que apresentar aos legisladores. Os Poderes poderão ser os grandes prejudicados com a crise econômica, principalmente pelo fato deles terem um percentual de repasse duodecimal incidente nas Receitas Correntes Líquidas, que são todos os recebimentos do Tesouro Estadual já descontada a parte dos municípios e das áreas constitucionais como Educação e Saúde.
Além do corte nos gastos, Edmilson apontará ainda o esforço no controle fiscal, ou seja, no combate à sonegação de impostos e na fiscalização dos contribuintes. Mas o assunto não será restrito apenas a isto. Os deputados querem respostas e ponderações a respeito da Política de Incentivos Fiscais, que retira uma média de R$ 1,2 bilhão/ano da arrecadação de impostos, e a situação dos Fundos por onde teriam circulado recursos estimados da ordem de R$ 10 bilhões na última década.