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Esquema de desvio de dinheiro na Assembleia também era investigado pela Polícia Civil

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O inquérito policial instaurado no dia 11 de fevereiro na delegacia da Polícia Civil do Carumbé, por apropriação indébita de R$ 9,4 milhões, acabou revelando o esquema montado para desvio de verba na Assembleia Legislativa e cruzando com investigações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organização (Gaeco), que culminou na operação "Ventríloquo", deflagrada ontem.

A denúncia na delegacia informava que o advogado Joaquim Fábio Mielli Camargo teria recebido o valor da Assembleia Legislativa, em nome do banco HSBC, referente ação de execução movida pelo banco contra Assembleia para receber seguro de saúde dos servidores que não havia sido repassados.

De acordo com o delegada Mariell Antonini Dias, o banco ganhou a causa, em 1ª e 2ª instâncias, mas ação ainda estava sob análise de recurso especial no Tribunal de Justiça. Mesmo assim, a Assembleia manteve acordo direto com o advogado, se comprometendo a quitar a dívida com o HSBC no valor calculado pelo próprio Mielli de R$ 9,4 milhões. "A princípio tinha essa notícia de apropriação indébita. Mas no curso descobrimos que não só houve a apropriação indébita, como também o desvio pela Assembleia". 

Segundo as investigações, o dinheiro foi dividido entre o advogado Joaquim Fábio Mielli Camargo, outro advogado parceiro dele, com o ex-deputado José Riva e demais pessoas para quem Riva pulverizou o dinheiro. "Diante da complexidade do caso, da necessidade de colher elementos de prova, como a delação premiada, houve união das instituições, Polícia Civil e Gaeco, para persecução da ação penal". 

A operação resultou novamente na prisão do ex-deputado estadual José Riva, que horas depois conseguiu liberdade junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). O mandado foi cumprido pela delegada Mariell Antonini Dias, que integrou a equipe do Gaeco, composto por membros do Ministério Público, Policia Militar e Polícia Civil. 

As investigações da Polícia Civil estão no terceiro volume – sendo o primeiro aberto no dia 11 de fevereiro e o terceiro em 24 de abril –  e integra a operação da Segurança Pública "Karcharias", deflagrada pela Polícia Civil para concluir investigações de crimes contra administração pública, tributários e corrupção. O inquérito com todos os seus volumes serão repassados ao Gaeco. 

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