Representantes da futura administração municipal, Associação Comercial e Empresarial de Sinop, Câmara de Dirigentes Lojistas, União das Entidades de Sinop, secretaria municipal de Saúde protocolaram ofício na direção do Hospital Regional solicitando que sejam reativados 10 Unidades de Terapia Intensiva exclusivas para tratamento da Covid-19. O documento também será encaminhado ao governador Mauro Mendes (DEM) e secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo.
Os 10 leitos em questão foram desabilitados em setembro, quando o governo do Estado rescindiu contrato com a empresa responsável pela gestão. Em novembro, no entanto, o executivo chegou a ratificar dispensa de licitação para contratação emergencial de nova empresa para gerir, com valor de investimento de R$ 747,6 mil para funcionamento de 180 dias, mas a operação das UTIs não foi retomada.
Ao Só Notícias, o prefeito eleito, Roberto Dorner (Republicanos) apontou que mesmo antes de assumir a gestão, a situação atual da doença já preocupa. “O regional está lotado e tomamos a iniciativa, pedindo para que as entidades tomem essa providência. Os casos estão aumentando cada vez mais. Preocupa, não tenha dúvidas, mas temos que encarar com naturalidade, tomar algumas providências, mas o principal é seguir com os cuidados básicos”, destacou.
Ainda de acordo com Dorner, apesar da preocupação, o comércio não pode sofrer com possíveis futuras consequências. “Quando dizem que a pandemia voltou e tem que fechar o comércio está errado, porque o comércio não tem culpa de nada, a culpa é de quem não se cuida. Temos que seguir as regras, usar máscara, álcool em gel, distanciamento. Precisamos agir, direta ou indiretamente”, reforçou.
Já o presidente da ACES, Klayton Gonçalves ressaltou que o momento é de união. “Vendo a lotação dos leitos, as entidades se movimentaram, pedindo a remontagem de pelo menos 10 leitos, entendendo que não são só moradores de Sinop que utilizam. Já entregamos um oficio ao secretário municipal de Saúde e diretoria do hospital. É necessário somar forças nesse pedido”.
“Entendemos que estamos chegando num momento de final de ano, de festas, e com o aumento do fluxo de pessoas em nosso município, acaba perdendo um pouco daquele controle que se tinha. Reforçamos para a sociedade que se cuide, mas é um processo natural que está acontecendo no Brasil. Tendo esse aumento na lotação, sabemos o que acontece, então para evitar que se tenha algum decreto, que restrinja algum tipo de atividade, estamos pedindo que aumentem as UTIs, para evitar justamente isso. O que temos que fazer é cobrar é o direito básico dos cidadãos, que é saúde”, completou.