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Empresas de prefeito da capital pedem recuperação judicial

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O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), considerado o mais rico entre os gestores das capitais brasileiras, entrou com pedido de recuperação judicial (antiga concordata) de quatro de suas empresas. Constituído pelas empresas Bipar Energia S.A., Bipar Investimentos e Participações S.A., Mavi Engenharia e Construções Ltda. e Bimetal Indústria Metalúrgica Ltda., o Grupo Bipar protocolou, ontem, a ação de recuperação judicial, que tramita na Primeira Vara Cível de Cuiabá.

Sócio-presidente do grupo, Mendes teve que se licenciar do comando direto das empresas quando assumiu a prefeitura de Cuiabá, em janeiro de 2012. “Outro fato preponderante que contribuiu para o agravamento da situação do grupo ocorreu em 2014, depois que Mauro Mendes foi considerado pelas instituições bancárias uma PPE (pessoa politicamente exposta), gerando uma restrição de crédito corporativo e impedindo o aumento do capital de giro das empresas. Devido a este fato e outros de exposição pública de seu principal acionista, o grupo teve parte dos seus limites de créditos bancários reduzida ou cortada, em um momento em que deveriam ser ampliados para fazer frente a elevação do nível de atividade e faturamento’, explicou o atual diretor do grupo, Luís Nespolo.

O grupo acumula cerca de R$ 100 milhões em dívidas com fornecedores, bancos e outras obrigações e tem aproximadamente R$ 200 milhões em contratos a serem executados. De acordo com Nespolo, entre os motivos que levaram as empresas a recorrer à medida, estão quebras indevidas de alguns contratos, como o de fornecimento de materiais para as obras do aeroporto de Fortaleza, e inadimplências, o que gerou prejuízos ao grupo. Somente neste mês que o prefeito admitiu que os efeitos da crise econômica chegaram aos cofres públicos municipais, motivo pelo qual decretou nova medida de contenção de gastos na capital, suspendendo a realização de quaisquer novos contratos na administração pública.

Assim, o pedido de recuperação judicial visa a manutenção de milhares de empregos diretos e a restituição do equilíbrio financeiro para o saldo dos débitos acumulados. ‘Se hoje nós recebêssemos todos os créditos que temos na praça, conseguiríamos pagar todas as nossas dívidas e ainda geraríamos lucro real no nosso balanço’, destacou o direto

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