O governador Blairo Maggi (PR) como empresário que é, antes de político, leva para a mesa de reunião hoje às 10h com os empresários posições de flexibilização das regras, realinhamento e adequação das normas de tributação. Mas, em compensação, não abrirá mão de cobrar aquilo que é devido ao Estado e fiscalizar com rigor o recolhimento dos tributos feitos em substituição tributária em outros Estados brasileiros. Os empresários têm sido duros e ácidos críticos à política tributária implementada pela Secretaria de Fazenda do Estado.
Maggi quer apagar o incêndio motivado pelo endurecimento nas relações fisco-empresários-comércio, mas não deseja também ceder muito, já que é comprovado que a maioria da classe reclama tendo ou não motivos para isso.
Fora isso, os casos de sonegação fiscal que se tornaram mais comuns nos últimos anos e que estão sendo duramente combatidos nos últimos meses têm demonstrado que Mato Grosso tem onde crescer sua receita dentro da lei e da ordem, ou seja, sem estar provocando abusos em cima de qualquer categoria economicamente ativa.
O secretário de Fazenda, Éder Moraes, aponta que faz o dever de casa e o governador Blairo Maggi, sinaliza para o entendimento, mas quer compromisso com a categoria que não respeitou nenhum dos acordos feitos nas duas gestões do atual Poder Executivo, se utilizando de benefícios para não recolher o imposto devido, ou sonegando dados e informações que acabam prejudicando a economia do Estado.
Maggi tem reforçado internamente aos principais auxiliares que existe uma tendência de atender aos empresários e comerciantes, mas não o faz sem garantias de que eles irão cumprir com sua parte no acordo como o garantido integral que no ano passado teve sua alíquota suspensa por falta de pagamento de impostos e retirado o desconto previsto para quem honra seus compromissos.