A Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) realizou hoje uma reunião com a distribuidora Energisa e representantes do setor industrial para tratar das frequentes quedas e oscilações no fornecimento de energia elétrica que têm causado prejuízos significativos à indústria. A situação é agravada pelas queimadas que afetam as linhas de transmissão gerenciadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Com as falhas na transmissão a energia distribuida pela concessionária tem sido afetada, gerando oscilações de tensão e falhas no serviço.
O presidente em exercício da Fiemt Gustavo de Oliveira, ressaltou a gravidade do problema para a economia do estado. “O sistema elétrico brasileiro é complexo e quando qualquer dos elos que compõe essa cadeia falha, um efeito dominó acaba afetando a energia que chega ao consumidor. Estamos em um momento de crescimento industrial acelerado e não podemos permitir que a infraestrutura energética se torne um gargalo. Precisamos um plano de ação a curto, médio e longo prazo para evitar que as indústrias continuem acumulando perdas.”
A Fiemt conta com uma Câmara Técnica de Energia da Fiemt, criada pelo presidente Silvio Rangel. Presidente desta Câmara, o empresário e diretor da Fiemt, Adilson Ruiz, destacou a necessidade de investimentos robustos por parte da concessionária. “Mato Grosso está se desenvolvendo e a Energisa precisa acompanhar esse ritmo. As empresas estão sofrendo com as quedas de energia, que é um dos nossos principais insumos”, afimou.
Representantes da Energisa explicaram que as queimadas na região têm agravado o problema, interferindo nas linhas de transmissão. Segundo a concessionária, desde sexta-feira (6), foram registradas 40 ocorrências de oscilações e quedas de energia. No sábado (7), o Operador Nacional do Sistema (ONS) chegou a solicitar cortes de carga na região Norte para estabilizar o sistema. Também foram apresentados dados sobre a melhoria do fornecimento da energia e investimentos ao longo dos últimos 10 anos.
Entre as medidas acordadas na reunião, a Energisa se comprometeu a estabelecer um canal de comunicação direto e ágil com os clientes industriais para informar sobre emergências e quedas de energia, além de realizar estudos técnicos focados em regiões críticas, como Distrito Industrial de Cuiabá, Campo Verde e Nova Maringá. A Fiemt também solicitou a abertura de um canal para diálogo sobre o reembolso de prejuízos causados pelas oscilações.
Como nas próximas semanas ainda não há previsão de melhoria das condições climáticas e os riscos de interrupção na transmissão da energia permanecem, o presidente da Fiemt afirmou que a instituição permanecerá acompanhando o assunto com atenção.
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