O empresário Jorge Pires de Miranda, dono da Concremax, e o presidente da Comissão de Licitação da Prefeitura de Várzea Grande, Milton Pereira do Nascimento, foram transferidos para a ala dos evangélicos, no Centro de Ressocialização de Cuiabá (antigo Carumbé) na quinta-feira (13). Eles estariam sendo vítimas de ameaças e tentativa de extorsão pelos outros presos com quem dividiam a cela. Ambos estão no Carumbé porque não possuem diploma universitário.
A ala dos evangélicos é a ala mais tranquila e organizada do Carumbé. Para lá vão os presos que se convertem à religião ou aqueles que querem se livrar da superlotação e da violência entre os presos não religiosos. Nos 3 dias em que ficaram nas celas comuns do Carumbé, o empresário e funcionário público dividiram a cela com 34 presos.
Segundo o advogado do empresário, Paulo Fabrinny, a decisão sobre a necessidade de transferência teria partido da direção da unidade prisional e não seria um pedido da defesa. Mas ele considera que a Polinter não deve ser exclusiva para quem tem diploma de curso superior. A transferência foi confirmada pela assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que alegou se tratar de uma medida preventiva.
Por serem advogados, José Antônio Rosa, José Alexandre Schutze, Adilson Moreira da Silva e Ana Virgínia de Carvalho estão detidos no Corpo de Bombeiros, em Cuiabá. Na Polinter, um anexo da Penitenciária Central do Estado (antigo Pascoal Ramos), estão os irmãos Marcelo e Carlos Avalone, Luiz Carlos Richter, e Anildo Lima Barros, todos supostamente têm diploma de curso superior.
Sem terceiro grau completo, Jaqueline Favetti, está presa no Presídio Feminino Ana Couto May, ao lado do Pascoal Ramos.