O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) voltou a cogitar a possibilidade de decretar ‘lockdown’ na Capital se a curva de contaminação pela Covid-19 permanecer em alta. Desta vez a resposta foi ao Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen) que pediu atuação do Ministério Público para forçar o fechamento total de Cuiabá e Várzea Grande. Por nota, o gestor disse que “se houver um descontrole ou qualquer ameaça com o possível descontrole, não tenham dúvida de que adotarei qualquer medida, seja ela qual for, para protegera saúde e a vida das pessoas”.
Cuiabá é o epicentro da pandemia do novo Coronavírus em Mato Grosso. Somente ontem, seis pessoas morreram na Capital, segundo boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Ao todo, já são 30 residentes mortos pela Covid-19, além de 24 moradores de outras cidades que se trataram na Capital. Dos 4.243 casos registrados, 1.285 estão em Cuiabá.
Conforme Só Notícias informou, na semana passada Pinheiro já havia cogitado o ‘lockdowns’ em Cuiabá se o número de infectados pelo novo Coronavírus subir mais de 10% ao dia e citou como agravante o colapso da saúde em cidades do interior, citando, inclusive, Sinop e Sorriso, que já não têm mais leitos de UTI disponíveis. Na semana passada, o crescimento dos casos em Cuiabá era de 8% e o prefeito estimava que o sistema de saúde cuiabano pode suportar o mês de julho.
“Temos vagas na UTI, mas é algo que aumenta diariamente. Pois o vírus é brutal. Tudo pode mudar do dia pra noite. Temos 55 leitos de UTI no antigo Pronto-Socorro de Cuiabá, mais 40 no Hospital São Benedito e mais 10 que vamos lançar em menos de uma semana. Até julho o sistema de saúde resiste. Repito, o vírus não tem cura, ele cresce com uma velocidade forte e tem alto poder de propagação. Por isso o isolamento é a melhor medida. O nosso trabalho diário mostra que o vírus cresce 8% ao dia. Não tem como fazer muro de arrimo e isolar Cuiabá. Cuiabá é enorme e tem Várzea Grande ao lado, que juntos tem 1 milhão de habitantes. Quando se relaxa mais, mais potencializa o caso. Até julho temos uma atenção maior”, disse o prefeito semana passada.